Estão
mal preparados os que utilizaram do discurso fácil da Democracia, os que
criaram planos e projetos de estabilidade social por meio quebra dos desníveis
socioeconômicos, que apresentam grandes teses nos encontros de Direitos
Humanos?
São Paulo vive a efervescente onda de ataque aos que
ousaram manifestar sua indignação com a política caolha, o mesmismo das quase
quarenta siglas partidárias, o apego doentio pelos cargos de poder econômico,
político e social. E seus governos, tanto o estadual do PSDB quanto o municipal
do PT, utilizam de todas as formas que lhes permite o status de força e
governo, com armamentos e treinamento, para conter estes manifestantes.
O povo reaprendeu a Democracia, os governos
reaprenderam a Ditadura. E o secretário de Segurança Pública de São Paulo,
Fernando Grella Vieira, neste caso também porta voz do governador Geraldo
Alckmin, defendeu a atuação de sua Polícia durante o protesto contra o aumento da
tarifa do transporte público.
Alckmin foi além e, durante entrevista disse que a
corporação tem o dever de “proteger a população, garantir o direito de o
comércio abrir e preservar o patrimônio público” e que a PM agiu para evitar
manifestações mais violentas:
Mas não explicou que era a população que estava na
rua, apoiada pelos comerciantes e que a PM foi a desencadeadora das violências,
conforme se pode constatar por imagens gravadas e difundidas pelas redes
sociais, porque, algumas vezes, a imprensa não se arrisca a perder o
financiamento em forma de verbas publicitárias e edita sob as ordens de seus
departamentos comerciais.
Os democratas repetem velhos discursos ditatoriais,
conforme fez o governador paulista: “atos abusivos de policiais serão
investigados” e “se houve um abuso isolado, isso vai ser rigorosamente
apurado”. Assim como foram as mortes por tortura, os desaparecimentos. Nós
acreditamos...
E para fechar o Febeapa (Festival de
Besteiras que Assola o País – obra imperdível de Stanislaw Ponte Preta -Sérgio
Porto) redivivo, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), reconsidera o
discurso de palanque e diz que não existe a possibilidade de reduzir o valor da
passagem, além de considerar que as cenas de violência são lamentáveis.
Esse é o projeto de participação
popular, você manifesta e eu não interfiro na agressão que sofrerão pelos
representantes dos poderes públicos, mas “lamento” profundamente.
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