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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Vergonha!

Natan Donadon, deputado federal por Rondônia, sem partido, preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato (crime de desvio de dinheiro público por funcionário que tem a seu cargo a administração de verbas públicas) e formação de quadrilha.

Em sessão realizada na noite de 28 de agosto de 2013 – marquem esta data – não houve número de votos suficientes para a cassação do mandato do “Nobre Parlamentar”, 233 deputados votaram pela cassação, 131 pela manutenção do mandato e 41 se abstiveram. São necessários pelo menos 257 votos para perda de mandato.

O voto secreto impossibilita saber quem votou pela absolvição, no entanto, entre os presentes que deixaram de registrar votos estão “nobres colegas” com longos históricos ou processos de cassação. Dos 14 partidos cujos deputados deixaram de votar ou faltaram, 21 são do PT – inclusive o deputado Antonio Carlos BIFFI (PT-MS).

Esse resultado pode vir a favorecer os parlamentares envolvidos no mensalão que, mesmo condenados pelo STF, poderão continuar a exercer o cargo. Como parece que os presídios têm-se tornado ou estão para se tornar uma extensão do Congresso Nacional, não causará surpresa a nomeação de Luiz Fernando da Costa* para o cargo de Ministro da Justiça.

Não bastasse, o advogado José Antonio Dias Toffoli, que está ministro do STF por suas ligações com José Dirceu e outros membros do Partido dos Trabalhadores, relata processos do Banco Mercantil do Brasil, instituição bancária que concedeu descontos em dois empréstimos feitos pelo magistrado, após decisões nos processos. Toffoli relata ações do Mercantil desde 2009 e contraiu dois empréstimos em 2011. A redução dos juros, em abril deste ano, foi considerada "pouco usual" para os padrões da instituição até por funcionário do banco.

(*) Fernandinho Beira Mar

Por que o ponto de exclamação? “A perda do ponto de exclamação é a perda da nossa capacidade de nos assustarmos, de nos revoltarmos, de nos chocarmos com o que é importante.” (Jack Levin)



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