Qualquer exercício de lógica científica para traçar
probabilidades das eleições aos Governos dos Estados ou Senado, hoje é ilógica e
empírica. Pesquisas têm sido apresentadas, mas os resultados divulgados são
meras pinceladas, representam, quando muito, 4% da totalidade.
Comumente são utilizados dois tipos de pesquisas:
uma encomendada aos Institutos, já com resultados
previamente sabidos – e que estes se virem para colocarem os dados de forma
“científica”. Em recente eleição tivemos vários destes circulando pelas mídias,
e a maioria desmentidos pelas urnas;
a segunda, feita a pedido de partidos ou grupos para que a
partir de uma visão atual de aprovação ou simpatia por tal ou qual nome, e
contando as variáveis sociais e uma gama de possíveis opositores, se possa
estabelecer dentro de critérios metodológicos, estratégias de trabalho que
desaguem em uma campanha eleitoral direcionada.
Em uma e outra, o que vai ao público são os dados que
interessam àqueles que as encomendaram, como que a dar um ânimo aos eleitores,
colocar-lhes um doce na boca.
As pesquisas nacionais, recentemente divulgadas pelo jornal
Folha de S. Paulo, indicam preferência dos eleitores pela atual presidente
Dilma Rousseff (PT), no entanto dias depois o mesmo jornal cita erros na
pesquisa que demonstra a rota de migração
dos votos de Marina Silva (agora PSB), e que mudam o cenário da pesquisa
conforme fora divulgada.
O PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos/Marina Silva
(ou vice-versa), ainda limpam e lubrificam suas armas. Dilma tem pela frente os
últimos suspiros do julgamento do mensalão, onde, qualquer que seja o
resultado, será a grande perdedora. Ninguém pode contar, hoje, com os
penduricalhos de aluguel, denominados partidos nanicos que, juntos não
acrescentam, na oposição fazem um grande estrago. Estes aguardam as
oportunidades mais plausíveis rentáveis a curto, médio e longo prazo.
Em Mato Grosso do Sul, com o anúncio feito pelo deputado
federal Reinaldo Azambuja (PSDB), de que irá disputar a vaga ao Senado em
coligação com o PT do já declarado candidato, senador Delcídio do Amaral, as
eleições parecem definidas em favor desse. Resolvido? Não. Falta a aprovação para
a coligação em nível regional de PSDB-PT, antagonistas políticos renhidos no
plano nacional. Falta saber qual a real força que o clã Trad terá na luta pelos
votos a serem conquistados pelo ex-prefeito da Capital, Nelson Trad Filho.
Nesse quintal regional, se não houver a coligação
Delcídio-Reinaldo, o deputado poderá lançar-se candidato ao governo, com o
deputado estadual Márcio Monteiro (PSDB), forte no interior do estado,
concorrendo à vaga do Senado. E ainda ai também o complicador clã Trad.
Ainda falta neste cenário o governador André Puccinelli,
cujas mãos seguram a única ponta a manter o poder peemedebista. Manteria o
acordo não oficial firmado em 2010, apoiando Delcídio governador e lançando-se
candidato ao Senado? Se confirmado, seria o desmonte de uma coligação que ganha
força, com sérios prejuízos eleitorais para o PSDB e, de quebra deixaria
Delcídio e André bem na foto, em nível nacional.
Me socorram os videntes, porque a lógica não basta.
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