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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Debaixo dos caracóis... o racismo

Polícia investigará escola que pediu a aluno que cortasse seu cabelo crespo.


A polícia investiga uma escola particular de Guarulhos, grande São Paulo, por suspeita de racismo. Segundo a educadora Maria Izabel Neiva, a direção do colégio pediu que o garoto de apenas 8 anos de idade, cortasse o cabelo por considerar inadequado seu estilo “Black Power”.

Durante encontro, de quase três horas, com a diretora do colégio, a mãe argumentou que o estilo do cabelo em nada prejudicaria o aprendizado de seu filho. A diretora disse que “os outros alunos não conseguiam enxergar a lousa e que a escola não permite 'extravagâncias'", afirmou a mãe.

Ainda segundo Maria Izabel, a diretora a tratou com deboche. “Ela disse que o Lucas era tratado com todo carinho no colégio e que não fazia sentido que eu me sentisse intimidada". A criança, no entanto, passou a ser vítima de chacota dos colegas após a advertência da diretoria.

Após esse incidente, a mãe não recebeu informações sobre o período de rematrícula. "Somente na reunião de pais tive informação e disseram que perdi o prazo e deveria entrar na fila de espera", disse.

De acordo com a Polícia Civil, outra mãe de aluno deve depor sobre o caso de suposto racismo. A mulher teria conseguido, após a recusa a Maria Izabel, requerimentos de matrícula na quarta série sem a necessidade de cadastro na fila de espera. A polícia também informou que a escola foi notificada sobre o inquérito e a diretora deve comparecer ao 3º Distrito Policial da cidade para dar depoimento nesta segunda-feira, 9.

Procurado, o colégio Cidade Jardim Cumbica ainda não respondeu aos questionamentos da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Com informações de Victor Vieira – O Estado de S. Paulo.



Um comentário:

Denise Truyts disse...

Engraçado, aqui isso não teve divulgação. Confesso que não leio o Estadão, mas a imprensa de modo geral não falou nada, ou eu estou muito fora de sintonia estes dias. Essa é a típica reportagem que deveria estampar em letras garrafais o nome da escola. Eu não entendo esse povo, quando uma pessoa de origem africana alisa o cabelo é porque ela está renegando a sua origem, quando ela deixa encaracolado está atrapalhando a aula?