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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Violência Contra a Mulher e suas Faces

por Karina Vilas Boas


Nos últimos tempos, com certeza que a velocidade da informação colabora e muito, incluindo as redes sociais, aumentou-se a publicidade em cima de casos absurdos de espancamento e assassinato contra as mulheres e o pior que cometidos por seus próprios companheiros, este post é mais um desabafo do que uma constatação diante dos fatos que tanto nos indignam.
Ao longo da história, os números e índices estão de prova, a violência contra mulher tem sido uma constante em nosso país e com a conquista da independência feminina as denúncias aumentaram e com isso ficamos sabendo cada vez mais da realidade dos casais brasileiros, que muitas vezes se casam, vão morar juntos, estabelecem um relacionamento, embasados no “para sempre”, no amor e de repente toda esta conjuntura se transforma em ódio e violência.
Não podemos esquecer que a violência possui suas faces que vão desde a psicológica, a moral, a física, portanto muitas de nós mulheres sofremos no nosso dia a dia algum tipo de violência e não nos damos conta do que está acontecendo ao nosso redor, até que um dia as coisas pioram e aconteça o que aconteceu com os três casos recentes que chocaram a sociedade sul-mato-grossense, Laida Andréia Samulha , morta a pedradas por seu ex-companheiro,  a médica Maria José de Pauli, assassinada a  golpes de barra de ferro pelo atua companheiro, ao descobrir uma traição e terminar a relação ou a jovem, de apenas 19 anos,  Giovanna Nantes, que foi espancada e teve seu rosto desconfigurado, pelo que tudo indica, por seu próprio namorado.
Quantas de nós, muitas vezes, não insistimos em relações infundadas, baseadas em traições, contradições e sentimentos que passam longe do amor, do respeito ou de qualquer coisa saudável para a construção de uma vida a dois? Momento de reflexão, pois cometemos este erro cruel e nos esquecemos, por medo, por falta de amor próprio, por acreditar que sem o outro não dá para seguir em frente, de dar um basta, não gritamos, não denunciamos e sofremos caladas, assistindo a sociedade machista, preconceituosa e hipócrita vencer mais uma batalha contra a igualdade de direitos e a luta por uma sociedade mais justa.
Além disso, temos um poder público omisso que não investe nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher 24 horas, que demora para liberar uma medida protetiva, que a todo momento quer dar um jeito de distorcer a Lei Maria da Penha, que é clara e objetiva não só em relação a violência física, mas como a violência psicológica e assim por diante…
Se há o que fazer precisamos que seja feito rapidamente, pois os homens que cometem a violência não estão mais soltos nas ruas, como pensávamos antigamente, eles estão dentro dos lares, cumprindo papel de pais, de companheiros e colocando em prática a pior face do machismo, a violência e a exigência da submissão.
“Não acredito que existam qualidades, valores, modos de vida especificamente femininos: seria admitir a existência de uma natureza feminina, quer dizer, aderir a um mito inventado pelos homens para prender as mulheres na sua condição de oprimidas. Não se trata para a mulher de se afirmar como mulher, mas de tornarem-se seres humanos na sua integridade” Simone de Beauvoir

outraface.net


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