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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O Rio teve o ‘Menino Maluquinho’, Campo Grande tem o prefeito ‘Sem Noção’


Perdido, completamente perdido em suas funções, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, quando faz, faz errado. Exceto pelo fato de prometer publicidade em sites pequenos e impedir – o que é execrável – que notícias reais sejam publicadas, promovendo uma autocensura – o que é mais execrável para os pseudo jornalistas – ainda mete os pés pelas mãos em qualquer ação que pretenda tomar.

Culpo mais os jornalistas, se é que podem ser assim chamados. Só não rasgo o diploma, porque não o tenho. Me envergonho por vezes. Atuam como daqueles assessores aos quais falta noção de profissionalismo, responsabilidade, vergonha na cara. Assessoria não é bajular e se dispor a escrever o que lhe mandam. Não sei, exatamente, quantas faltas ao curso superior comporta, mas parece que muitos deles faltaram às aulas.

Parece um bonequinho e age como tal

Como se tivesse mil saberes, além da advocacia e incrível capacidade de iludir seus eleitores com promessas de campanha não cumpridas - basta pesquisar os vídeos onde ele prometia tudo o que descumpriu, acordos que não sustentou, palavra dada que foram levadas ao vento.

Esse rapaz, com carinha e expressão de charge, exceto pelo apreço e carinho pela propaganda, onde investe e muito, sentindo-se solto, sem base de sustentação popular, contando apenas com uma Câmara de Vereadores inoperante, manipulada pelos mais experientes e que, sabe-se, envolvidos em tantas e boas, ele prefeito mete os pés pelas mãos.


Na saúde e, podem acreditar, existe um secretário para isso, em algum lugar incerto e não sabido, dá vexame e consegue ser incapaz de saber o que acontece e por que acontece. Não resolve e ainda atrai a ira justa de quem conhece e consegue tocar o atendimento e tratamento da população. Nada proporciona aos servidores, mas quer milagres. Culpa a tudo e a todos sem entender que deve apenas gerir, ah, sim, ter um secretário de saúde ou uma adjunta que sejam conhecedores de saúde e, principalmente, de gestão de saúde.

Vergonha alheia

Então vem a denúncia de apodrecimento das pontes e viadutos – Campo Grande é tão pobre nisso, nem asfalto temos, malha viária (ruas e avenidas) abandonadas e maltratadas. André Puccinelli, ainda que pese tanto contra ele, pelo menos fez; Nelsinho manteve – nas palavras do próprio Puccinelli – uma pipoqueira em nossas ruas e, talvez, querendo um adicional por turismo, uma Capital de crateras a serem visitadas. Refez uma Avenida Duque de Caxias que sucumbiu aos buracos e fissuras antes mesmo de ser inaugurada.

Bernal começou a reordenar, recapeando ruas, fazendo convenio com o Exército Brasileiro, e tudo foi por água abaixo – por vezes, literalmente – porque existe uma tacanha vaidade de fazer por si mesmo esquecendo que existe um projeto de governo e um projeto de poder.

Esse senhor que ocupa a Prefeitura de Campo Grande gosta de seu grupo, pouco se importando com um projeto de governo. Senão, vejamos, uma tradição Trad que se arrasta desde o velho Nelson Trad, passando por Fábio Trad de tantos cargos em instituições diversas, dai vem o Nelsinho Trad, urologista que se fez prefeito e, ainda que apesar de médico se tornou famoso e conhecido pelo Gisa  (Gestão de Informações em Saúde) sistema da qual a Justiça bloqueou R$ 16,6 milhões em bens dele (ex-PTB), dos ex-secretários municipais de saúde e atual ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), Leandro Mazina e outras 14 pessoas devido ao investimento mal feito, software de gestão da saúde que nunca foi implantado na Capital. 

Mudando de pato para ganso, me desminta, se for capaz

Nossas ruas estão novamente esquecidas. Normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) são esquecidas, mas os trabalhos nojentos executados pelas empresas – lembram da Operação Lama Asfáltica(?), pois é, mudaram as empresas, mas não mudaram os empresários.

Então vem o prefeito e declara que “o Problema não compromete estrutura”, em relação ao viaduto da Ceará, em visita com a equipe da Sisep que vistoriou o viaduto do cruzamento entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Ceará, com falhas e desgastes nas estruturas.

  • “As estruturas precisam de pequenos reparos, mas por questões estéticas. Eu sou advogado, mas se os engenheiros destacam que não atrapalham, não atrapalha”, declarou o prefeito.(conforme matéria do Campo Grande News)


Andando a pé, com pouco mais de 300 quilos entre todos, confirmaram por meio do arquiteto e urbanista o prefeito Marquinhos Trad (PSD), o titular da Sisep, Rudi Fiorese e o adjunto Ariel Serra declararam, ao visitar o viaduto que encobre o cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua Ceará, que os problemas eram apenas “estéticos”.

Mas, se eram apenas estéticos, por que criar, por meio de decreto, o “comitê de pontes e viadutos”? Esse rapaz que administra a Capital não tem senso, não se atina? Quer saber de tudo sem entender absolutamente nada? A saúde, um caos; os viadutos, caos; a operação tapa buracos retornando às mãos daqueles que são investigados; programas anteriores extintos e depois retomados meia boca com outros nomes.

Não existe projeto de governo, exercita apenas projeto de poder. O mais nulo da família Trad quer confetes, quer aparecer. Ao menos Fábio soube tirar proveito da época de sua presidência na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS) e até que vem fazendo um trabalho razoável na Câmara dos Deputados – tem assiduidade e vai na base do “quem não é visto, não é lembrado” consegue boa avaliação; Nelsinho, apesar de tudo que mal fez na prefeitura e de estar enrolado na justiça conseguiu, por falta de opção ou incompetência cívica da população ‘estar’ eleito senador; o sobrinho de pouca ação própria, Otávio Trad, faz o que mandam e ponto final; mas o rapaz eleito prefeito, afeito e afeto a amigos, com administração chula, inconsequente ou sem poder de decisão, está fazendo tudo, obedecendo cronogramas, metendo os pés pelas mãos, mas tem uma gestão de acordo: sem noção.

Não consegue cumprir a palavra empenhada em campanha: transporte público, tarifação; vai do colo de um, que jura fidelidade, para o de outro, que lhe permite acompanhamento para evitar o pior [leia-se Reinaldo Azambuja] e o sustenta.

Estamos mal geridos, mas nessa mescla de nome, tradição, tomar conta de partidos, barganhar cargos e candidatos da Capital e interior, essa família tem um longo percurso político. Afinal, sabem como ninguém como trabalhar a mídia – e eu prefiro a palavra mídia para evitar denegrir a palavra jornalismo. Muitas denúncias são esquecidas, ou distorcidas. O peso da caneta que exonera é forte, o peso do dinheiro que sustenta a ‘mídia’ é muito, a publicidade, intensa. Os opositores ficam enlouquecidos por não terem a força da máquina; os jornalistas independentes ou, prefiro, éticos ficam silenciados, pois que os senhores da imprensa ou têm subsídios (migalhas distribuídas aos que rodeiam por debaixo da mesa dos grandes banquetes), ou aguardam por eles. Não podendo pegar as sobras, lambem-lhes as botas.

Parece que ainda demora para que o Velho Centro-Oeste venha a ter eleitores conscientes.



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