Votamos nesses. Culpamos a Justiça pelo nada que fazem sem
entender, no entanto que os juízes julgam de acordo com as leis que são
elaboradas nos “gabinetes” daqueles que elegemos. No dia a dia vemos o trabalho
de policiais que prendem, colocam suas vidas em risco, jogam suas famílias no
risco de serem bancadas por uma pensão ridícula, enquanto os familiares de
presidiários recebem benefícios. Policiais com armas que sequer correspondem a
10% do poder de fogo dos marginais.
Sabe quanto recebem para arriscarem suas vidas? Sabe o
material que possuem para enfrentar tanta violência? Sabe a diferença entre o
marginal que come pedra porque sabem o ** que têm? Têm conhecimento de que a
cada bala perdida são acusados de serem os agentes da agressão? Sempre e tanto
os mortos em confronto eram pessoas de bem, estudantes, trabalhadores, sempre.
Sabem quanto as Organizações Não Governamentais (ONGs) recebem de verba pública
sem que subam o morro, visitem as favelas, tornam os marginais uma forma
romântica de justiceiros? Engraçado pensar que toda a verba destinada poderia
ser revertida em projetos sociais, mas costumam ir para o bolso dos “pensadores
intelectuais” desenvolverem teses em suas belas residências.
Os marginais armados de fuzis, que matam e matam e matam,
torturam antes, julgam em seus tribunais, para esses senhores são apenas
vítimas de uma sociedade opressora. Os trabalhadores que recebem o salário mínimo
para o sustento de suas famílias, esses não são vítimas da sociedade opressora,
da elite branca, do capitalismo.
E no momento de julgar, os senhores das leis estão algemados
a dura letra dos códigos. Então esses matam, estupram, destroem. Que sejam
condenados a 500 anos de prisão, então vem a lei aprovada por um Congresso
omisso, leis feitas, muitas vezes em benefício próprio, que determinam a prisão
máxima de 30 anos – dai vem a progressão de pena, o bom comportamento(???
Kkkkkk) que lhes permite cumprir apenas 1/6. Seja, 5 anos e estão livres. Nós,
prisioneiros em nossa casa até que eles as invadam e nos tornem reféns.
Mas quem elege os
senhores que fazem as leis? Nós, as vítimas.
Parece que não conseguimos entender que o dinheiro que os
elegem não são lícitos. Retiram de nossos impostos e somam com as doações em
Caixa Dois, ou como preferia o ministro dos governos Lula e Dilma (e todos os
outros governos anteriores) “Verba não contabilizada”. Somos as vítimas que
sustentam todos os bandidos, aqueles das esquinas que nos provocam temor e nos fazem desviar de ruas que seriam nossas;
daqueles que cumprimentamos e adulamos e nos sentimos “honrados” com um aperto
de mão, um beijo em nossas crianças, em promessas. Aqueles que nos permitem
dentaduras, pares de sapato, bolas de futebol, sacolões a nos matar a fome por
1 mês.
Tanto a Justiça já bloqueou desses senhores, bandidos,
marginais e eles ainda conseguem manter um padrão luxuoso. Eles fazem as leis
às quais irão responder. Eles brincam com nossa incapacidade, com nossa pouca e
baixa educação – sempre bom lembrar que as verbas da educação foram
contingenciadas, retiraram bilhões desse ministério – e, em último caso recebem o benefício da
prisão domiciliar, em suas mansões, mantendo seu alto estilo de vida. Os
eleitores multiplicam aquela cesta básica de um mês e as esticam para que
perdurem por meses, enquanto suportar a fome.
Algum(ns) reclamam que o dinheiro retomado impede sua alimentação, ainda que tinham R$ 11.000,00 por mês em proventos, hoje muito mais porque o elegemos para o senado com rendimentos, verba de gabinete, e tudo o mais, além de foro privilegiado, ou seja, não podem ser julgados como os comuns, são especiais, nada lhes toca, fazem as leis e se colocam além e acima dela.
Parabéns políticos pela sua esperteza. Talvez, e apenas
talvez, haja uma Justiça Divina. Boa sorte no inferno.
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