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domingo, 11 de dezembro de 2011

Zé Dirceu desdenha de 'luta contra corrupção'

Matéria que já chegou a ser censurada, o que nos remete a pensar nos diversos discursos pró-liberdade de imprensa proferidos pelos notáveis do Partido dos Trabalhadores e a contumaz negativa de que a criação do Conselho cumpre o simples papel de regulamentação.

Discursando no 2° Congresso da Juventude do PT, em Brasília, o ex-ministro José Dirceu teceu críticas ao que chamou de “luta moralista contra a corrupção” e afirmou que estes tipos de ação foram responsáveis pelas eleições de Jânio Quadros e Fernando Collor para a presidência da República.

Em discurso para uma plateia de centenas de militantes que o homenagearam vestindo camisetas estampadas com sua imagem e a frase “contra o golpe das elites” precedida de “inocente”, José Dirceu que é réu no processo do mensalão, enfatizou que a intenção das denúncias é somente atacar o governo usando o pretexto de combater a corrupção.

Seu entendimento é que são duas formas distintas de atacar a corrupção, uma que pressiona de forma intensa os ministros, e outra mais amena quando trata de secretários do governo tucano de São Paulo. “Quando dizem que tem de responsabilizar o ministro e o partido por problemas no ministério, então tem que se responsabilizar o PSDB, o Geraldo Alckmin e o José Serra pelo escândalo das emendas em São Paulo”, ressaltou José Dirceu.



Abrindo sua fala, citou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está em tratamento de um câncer na laringe, e pediu aos presentes que enviassem energia ao ‘companheiro’ Lula.

Mesmo elogiando o governo Dilma Rousseff em algumas ações, teceu críticas às áreas de transporte, cultura e educação, enfatizando que “Enquanto professores ganharem R$ 1,2 mil de salário, alguma coisa está muito errada no Brasil”, e voltou a defender a censura em forma de regulamentação da mídia destacando que as eleições ganhas pelo PT não contaram com o apoio das elites e dos meios de comunicação.

Antes de encerrar sua fala, Zé Dirceu fez questão de enviar “ânimo, força e afeto” ao ex-ministro do Esporte Orlando Silva, que deixou as funções mergulhado em denúncias de desvios de recursos em sua pasta.

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