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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Currículo limpo é entrave para Moka assumir o Senado


Fazendo discretíssima campanha para indicação de seu nome à presidência do Senado, Waldemir Moka (MS), mantém encontros esta semana com prefeitos dos municípios de Mato Grosso do Sul, analisando e discutindo prioridades de investimento e manterá encontros com ministros e secretários, também para apresentar projetos de interesse do Estado e das Prefeituras sul-mato-grossenses.
Focado principalmente no Encontro Nacional dos Novos Prefeitos, aberto com a presença da presidenta Dilma Rousseff, que anunciou a liberação de R$ 66,8 bilhões em investimentos para a reforma e construção de creches, escolas, unidades de pronto atendimento, postos de saúde, saneamento e pavimentação, Moka, questionado sobre a interrupção do recesso, diz que “é uma semana movimentada e esperamos começar bem o ano”.
O senador por Mato Grosso do Sul é um dos nomes à presidência do Senado, ainda que admita concorrer pela indicação apenas se houver consenso. Mas a tendência é que o PMDB indique, e com isso está eleito, o senador Renan Calheiros (AL), ex-presidente da casa, réu em uma série de processos e que hoje (29), teve denúncia enviada pelo procurador-geral da república, Roberto Gurgel, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Mesmo impedido de comentar o conteúdo da acusação, por se tratar de inquérito sob segredo da justiça, diz serem “extremamente consistentes” as denúncias e que elas “Têm relação com a comprovação da origem de sua renda”, quando o senador apresentou comprovantes de compra e venda de gado para justificar o pagamento de pensão de sua filha com a jornalista Monica Veloso. Os pagamentos, conforme noticiado à época, eram pagos por um lobista da empresa Mendes Júnior.
Levando-se em conta o número de denúncias e processos em que estão envolvidos os últimos presidentes do Senado, bem como da Câmara de Deputados, esta aproximação com as coisas da polícia e da justiça, parecem ser condições sine qua non para assumir o posto. Neste caso, Waldemir Moka, que circula para ser visto e é visto para ser lembrado, pode direcionar suas forças para algum ministério (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), porque felizmente está distante, muito distante da cadeira de presidente do Senado.

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