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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

“Não saber” de Lula, não pode servir de desculpas ou justificativas

Lula, José Dirceu e presidenta Dilma (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)


Lula é um personagem sui generis na política brasileira e faz parte da galeria onde constam nomes como Pedro II e Getúlio Vargas, que carrearam ao longo de suas vidas, em especial durante seus períodos de poder, ódios e críticas tão intensos quanto amores e apoios.

Em que pese o fato de os dois primeiros serem “Estadistas”, termo que em sua significância está anos-luz da compreensão lulista, o ex-presidente-de-governos-paralelos e ex-presidente de fato, assim como Pedro II foi o sustentáculo do Império e Getúlio do petebismo. Em relação ao getulismo, o lulismo tem parte do mesmo DNA no que concerne às suas ligações sindicalistas, pelegos ou ativistas, uns subservientes, outros por vezes, achacadores.

Mas o que o torna objeto de estudos e análises não é sua fundamental contribuição para o progresso social, econômico ou o que quer que valha, e sim a capacidade de estar de alguma forma envolvido em tantos e diversos escândalos propiciados pelo seu governo – como é comum a qualquer governo, diga-se a bem da verdade.

É necessário convir, no entanto, que foram tantos e tal monta a sua sanha (dele, governo) contra os cofres públicos em benefício dos “companheiros” forjados nas lides de criação e sedimentação do Partido tido como dos Trabalhadores , que assustaram não apenas pelo fato de vir de uma agremiação em que se depositava um fio de confiança em sua ética e honestidade. Afinal, o partido sempre causou a dúvida quanto à sua capacidade administrativa, mas não se supunha que a sigla, por muitos dos nomes que o compunham, fosse abrigar uma camarilha espúria.

E os asseclas lulo-petistas atribuem cada denúncia, toda e qualquer investigação, a uma improvável ação conspiratória contra os menos favorecidos e seu Deus do Olimpo. Noticiar um julgamento transforma notícias em artigos do grande Partido da Imprensa Golpista (PIG) que busca desarticular um socialismo progressista moreno e salvador da humanidade em defesa do grande liberalismo satânico engendrado os porões dos partidos que representam as forças que engendraram o golpe de 64, mesmo que passados 49 anos.

E, dessa forma, num refazer a mesma Censura, burra já em sua concepção e nascedouro, Rui Falcão, presidente da sigla e seus militantes amestrados querem, usando dos mais diversos artifícios e sob a brandura do termo “marco regulatório para os meios de comunicação”, matar o mensageiro para evitar informação que não satisfaz.

O que não percebe aquele que finca suas convicções em determinado período de tempo, sem perceber que o próprio tempo direciona ao futuro, é que a massa popular que caminhava ao seu lado, não cessou sua marcha e ele está quase ao abandono, com seus fantasmas no armário. E por isso, talvez, duas notícias atropelam o discurso: a maioria da população se intitula apartidária, após longo período em que essa maioria sentia-se inserida entre os demasiados partidos que comporta nossa recente democracia; e em enquete promovida pelo grupo anticorrupção que atua na internet e se intitula Movimento 31 de Julho, Lula foi eleito o maior corrupto do país em 2012, com 65,69% dos votos.

Divide a galeria de malfadada fama com o vencedor do prêmio 2011, José Sarney (PMDB), seu confidente e guru político. Outros premiados em 2012, com algemas de prata o seu ex-ministro chefe da casa civil, José Dirceu (PT), e a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), com o desonroso 3º lugar e o troféu algemas de bronze.

Das páginas de glória às manchetes policiais

Lula alcançou um grau de popularidade tamanho durante o seu governo, que isso lhe abriu as portas para o recebimento de diversas comendas, títulos e rapapés em diversas nações amigas, comum aos representantes de Estado (mesmo que sem a noção de liturgia do cargo ou sem o status, de fato, de estadista), como homenagem o povo da nação ali representada.
Assim, enquanto presidente foi honrado com o título de doutoramento honoris causa  pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, de Portugal, e agora, após escândalos que tangenciaram seu nome a todo momento, ressurge na imprensa portuguesa pelo fato de o Ministério Público haver pedido o bloqueio de seus bens. Ganha as manchetes de forma negativa e, agora sim sem implicar que represente o povo da nação.

Veja a matéria do site Correio da Manhã:

 


Ministério Público pede bloqueio de bens de Lula

O Ministério Público Federal (MPF) de Brasília pediu à justiça o bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem acusa de improbidade administrativa por ter usado verba pública com claro intento de promoção pessoal.

O bloqueio de bens tem como finalidade garantir a devolução aos cofres públicos de quatro milhões de euros que Lula, segundo o MPF, usou indevidamente.
A acção interposta pelo MPF refere-se ao gasto desses quatro milhões de euros com a impressão e o envio pelo correio de mais de dez milhões de cartas enviadas pela Segurança Social a reformados entre Outubro e Dezembro de 2004, segundo ano do primeiro mandato de Lula.
A missiva avisava os reformados que um convénio estabelecido entre a Segurança Social e o até então desconhecido Banco BMG lhes permitia a partir de então pedirem empréstimos a juros baixos e sem qualquer burocracia àquela instituição bancária, com o desconto das parcelas sendo feito directamente nas reformas.
 Até aí não haveria problema, não fossem dois detalhes, que chamaram a atenção dos promotores. O BMG, único banco privado a ser autorizado na altura a realizar esse tipo de empréstimo, conseguiu a autorização em menos de duas semanas, quando o normal seriam vários meses, e as cartas, simples correspondência informativa, eram assinadas por ninguém menos que o próprio presidente da República, algo nada comum para esse tipo de aviso.
Para o Ministério Público, não há dúvida de que Lula e o então ministro da Segurança Social, Amir Lando, que também assinou as cartas e é igualmente acusado na acção, usaram a correspondência para obterem promoção pessoal e lucro político e que a acção do presidente da República favoreceu a extrema rapidez com que o BMG conseguiu autorização para operar o negócio, desrespeitando as normas do mercado. A 13.ª Vara Federal, em Brasília, a quem a acção foi distribuída, ainda não se pronunciou sobre o pedido do MPF.

Confira o processo na Justiça Federal: clique aqui


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