Esquecendo do poder da máquina pública em uma eleição, o
ex-vereador Yussif Domingos diz em seu blog na matéria sob o título “Política:
a vitória do PMDB que não querem enxergar”, que a vitória do prefeito de
Anastácio, Douglas Figueiredo (PSDB) e a eleição em segundo turno de Alcides
Bernal (PP) para a prefeitura de Campo Grande não representam derrotas do
governador André Puccinelli (PMDB) e, por consequência, do partido que capitaneia.
No entanto, passa a valorizar o poder dessa máquina na
eleição do vereador Mário César para o comando da Câmara Municipal de Campo
Grande “por maioria esmagadora [...] Com muita habilidade política, (André)
impôs uma derrota ao prefeito eleito”.
Prefiro contrapor usando argumentos mais sensatos, e lembrar
que a esmagadora maioria de vereadores de oposição ao atual prefeito se fez
pelas coligações amplas e fortes que se permite um partido que tinha a máquina
municipal e estadual, em contraponto às demais coligações. Também não se deve
menosprezar o fato de que diversos então candidatos a vereança, e em
determinados momentos todos eles, fixaram em obter votos para si, deixando de
lado a árdua tarefa de carregar uma candidatura amorfa.
A eleição de Mário César para a presidência da mesa diretora
da Câmara vinha sendo costurada pelo próprio vereador desde há muito e, tirando
as ameaças oportunistas de seus próprios companheiros, nunca ameaçada.
A se manter a toada de que derrotas não são derrotas e
pequenas coquistas representam a vitória da própria guerra, o PMDB deve
continuar amargando perdas enquanto foca e se encanta com o próprio umbigo.
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