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A concessão de passaporte
diplomático a líderes religiosos gera discussões e para o professor do
Departamento de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) Paulo
Roberto Kramer, o debate não deve levar à generalização dos casos, mas à
liberação do documento a pessoas que “de fato” representem missões
diplomáticas, e não o interesse próprio.
“O assunto é polêmico, pois é difícil comprovar se aquele que recebe o
passaporte diplomático cumprirá uma missão diplomática ou irá ao exterior para
negócios privados, recreio ou turismo. Isso deve ser esclarecido”, ressaltou
Kramer. “[Acredito] que a maioria dos requerentes não prova que irá cumprir uma
missão diplomática de fato. [...] Não diria que todos os casos são imorais, mas
o ilegítimo, ao meu ver, é a falta de critério para a concessão do documento”,
ressaltou.
Desde terça-feira (14) até ontem (16), o Ministério das Relações
Exteriores, Itamaraty, concedeu passaporte diplomático a seis líderes evangélicos da
Igreja Internacional da Graça de Deus, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus
e da Igreja Mundial do Poder de Deus. Em todos os casos, o argumento das
portarias foi o “caráter de excepcionalidade”.
Ontem, foram publicadas as portarias referentes à concessão do documento
para Romildo Ribeiro Soares – o R.R.Soares, fundador da Igreja Internacional da
Graça de Deus – e sua mulher, Maria Magdalena Bezerra Soares, além de Samuel
Cássio Ferreira e Keila Campos Costa, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.
No dia 14, foram concedidos passaportes diplomáticos para Valdemiro
Santiago de Oliveira e Franciléia de Castro Gomes de Oliveira, da Igreja
Mundial do Poder de Deus.
Com informações da Agência
Brasil.
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