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terça-feira, 23 de abril de 2013

Comissão de Saúde acorda do coma e Luiza Ribeiro cobra ações


Vereadora Luiza Ribeiro (PPS)
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) cobrou, na sessão dessa terça-feira (23), providências em relação aos trabalhos da Comissão Permanente de Saúde, que até o momento se reuniu apenas uma vez por 10 minutos, para discutir irregularidades no Hospital do Câncer (HC) e Hospital Universitário (HU).

“Quero alertar aos colegas vereadores que a sociedade Campo Grande foi envolvida neste debate e que a diante da urgência do tema, a Câmara não pode ser calar e, caso não sejam tomadas as providencias necessárias, vou apresentar novamente o requerimento para abertura de uma CPI”, afirmou Luiza Ribeiro.

A vereadora alertou o presidente da Casa, Mário Cesar, e o presidente da Comissão Permanente de Saúde, Paulo Siufi que até o momento não foi publicada no diário oficial a ampliação da Comissão e que não foram feitas convocações oficiais para reuniões da Comissão. “Não foi lavrada ata da única reunião realizada pela Comissão Ampliada e, até o momento, não temos prazos, nem informações sobre o requerimento apresentado que solicitava, entre outras providências oitivas com autoridades para prestarem esclarecimento sobre as investigações no tratamento do câncer”, enfatizou.

Com a ampliação a Comissão de Saúde da Câmara que era formada pelos vereadores Paulo Siufi (PMDB), Dr. Jamal (PR), Elizeu Dionizio (PSL) Coringa (PSD) Gazielle Machado (PR), passou a contar com a participação da vereadora Luiza Ribeiro (PPS) e dos vereadores Zeca (PT), Gilmar Neri (PRB) e João Rocha (PSDB).

Faz de conta

O vereador Paulo Siufi (PMDB), ex-presidente da Casa na gestão Nelsinho Trad, agora diz que a Comissão – e reitera que ela é composta apenas por ele, Dr. Jamal, Elizeu, Coringa e Grazielle – fará uma série de visitas a hospitais para apurar denúncias encaminhadas pela população

E a população pergunta: para quê?

Onde estavam os senhores vereadores, parte deles legisladores na anterior composição da casa, que não exerceram uma ação efetiva de investigação impedindo que a deterioração da saúde pública chegasse ao atual patamar?

De acordo com o vereador Paulo Siufi, a Comissão de Saúde fará visitas a hospitais durante a semana, para apurar denúncias. A primeira será na Santa Casa de Campo Grande, quarta-feira (24), depois no Hospital do Câncer na quinta-feira (25) e na Maternidade Cândido Mariano na sexta-feira (26), todas às 8 horas. “Nestas visitas vamos verificar o que está acontecendo nesses hospitais e por meio de uma inspeção minuciosa vamos apurar se as denúncias que recebemos são verdadeiras”, revelou Siufi.
Mas afinal, que denúncias poderiam trazer novidades que não as denunciadas amplamente pela imprensa nestes últimos anos? Que denúncias seriam que já não tenham sido apuradas por investigações policiais que desmantelaram esquema de fraudes no Hospital do Câncer e Hospital Regional?
Denúncias da população? Quer dizer, senhores vereadores, que a população se manteve calada durante todos estes anos, considerando a morte por mal atendimento, negligência, despreparo do quadro administrativo, escassez de recursos, e falta de profissionais de saúde, como se tudo se devesse ao desejo Divino?
Acreditar que neste exato momento em que um governo do qual os senhores não fazem parte, porque os mentores do grupo foram expulsos pelo voto, assume e tem um bom desempenho nesta área é que as a população resolve, por um flash de luz Divina, encaminhar denúncias?
Senhores, o Ministério Público Federal vem desenvolvendo investigações sobre os motivos e as motivações que levaram a Saúde Pública de Campo Grande a tal estágio, e a pedido do governo Bernal, a quem os senhores querem imputar a culpa. Agora, de que adianta fazer este jogo de cena para o eleitor?
Elizeu Dionízio, relator da Comissão Permanente de Saúde, diz que essas visitas são uma forma de diagnosticar as falhas e que: “já estou apresentando os relatórios das visitas que fizemos na Unidade de Saúde do bairro Tiradentes e na UBSF do bairro Vida Nova II, os quais serão encaminhados para o Poder Executivo e também para o Ministério Público e o Tribunal de Contas, que são partes interessadas também”.
Ótimo, senhor vereador, que os atuais problemas enfrentados sejam dimensionados e que se busquem soluções, pois o atendimento da saúde será por um longo período de tempo, deficiente, muito em razão do (no mínimo) abandono a que foi relegada. Que a Câmara Municipal de Campo Grande exerça suas funções, mesmo que a partir de agora.
Cai a máscara
Caso não tenha caído definitivamente a máscara de um grupo que privilegiou e fez vistas grossas a quem, por ser da família ou parte integrante do grupo de mandatários com cacoete de donatários do poder, ela está bem rota.
Ninguém consegue compreender o porquê de uma Comissão que nunca foi atuante, tornar-se tão ativa após o escândalo da rejeição da CPI da Saúde proposta pela vereadora Luiza Ribeiro, haver sido assassinada pela traição.
Senhores, lembrem-se, para o povo que fez cair um candidato majoritário, derrubar estes que sequer tiveram votos suficientes para garantir a eleição por número de votos (nenhum dos senhores conseguiu sozinho, votos suficientes para ocuparem a cadeira), será menos trabalhoso. A política não mudou, quem passou por processos de mudança foi o povo, e não foi necessário, desta vez, pintar os rostos, bastou tirar o nariz de palhaço.

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