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domingo, 21 de abril de 2013

Delcídio é o preferido do eleitor, os outros vivem em pesadelo


Pesquisa realizada pelo jornal Liberdade/Idobe aponta a preferência do eleitor pelo pré-candidato ao governo do estado, senador Delcídio do Amaral (PT), tanto na estimulada quanto na espontânea.

Neste recorte do panorama eleitoral, deve-se considerar que a candidatura do senador petista foi lançada logo após a reeleição do governador André Puccinelli, e que faltam definições de candidaturas de maior aporte.

Pelo PMDB devem concorrer pela indicação do partido o ex-prefeito da Capital, Nelson Trad Filho, a vice-governadora Simone Tebet e Edson Giroto, reconduzido ao cargo de secretário de governo; ao PSDB falta definir se concorrerá com o deputado federal Reinaldo Azambuja.

O cenário está indefinido em termos de candidaturas, alianças e cooptação dos partidos menores e dos alugáveis. Mas, esta tendência tem deixado o sono de Delcídio, bem mais leve.


Governo: pesquisa indica preferência por Delcídio

Pesquisa realizada pelo jornal Liberdade/Idobe aponta a preferência do eleitor pelo pré-candidato ao governo do estado, senador Delcídio do Amaral (PT), tanto na estimulada quanto na espontânea.

No momento em que, atônito, o publico acompanha as intensas movimentações de bastidores ou mesmo pela mídia, tanto pelos partidos políticos – veja matéria sobre os novos partidos – quanto pelos pretensos candidatos a candidatos, o jornal Liberdade, observador atento das coisas da política, por entender o que elas implicam no dia a dia da população, realizou uma pesquisa preliminar e sem caráter estritamente científico, para medir a temperatura das eleições 2014.


Candidaturas não nascem dos ventos, devem ser semeadas e tratadas para que seus frutos sejam compensadores. E o senador Delcídio do Amaral conhece mais que os labirintos, a forma como sair deles. Dessa forma esse corumbaense fez aflorar a alma dos migrantes mineiros e, pacientemente, soube aguardar o momento de entrar para ganhar. Como engenheiro que é, traçou e calculou cada um de seus passos.

Oriundo do PSDB onde atuou nos bastidores políticos, assumindo cargos técnicos nos governos tucanos, percebeu seus adversários, de maior visibilidade política, seriam um empecilho difícil de vencer. Precisava de um partido com muito discurso e pouca mobilização política entre as forças conservadoras que lhe permitisse abocanhar os votos conquistados pelo discurso de palanque e desenvolver um trabalho de fortalecimento da sua estratégia política. Dominou o PT, minando o grupo do ex-governador e atual vereador Zeca.

Outro passo decisivo foi evitar fazer-se rogado quando questionado, em 2010, se seria candidato após o final do segundo governo André Puccinelli (PMDB). Deixou claro que seria o nome petista para a disputa.

Outros candidatos

Se Delcídio soube traçar com maestria sua pretensão ao Parque dos Poderes, outros pretensos pré-candidatos sofreram pela sua inaptidão administrativa, falta de empatia com o público, desgaste do poder, falta de estrutura partidária ou arrogância.

Reinaldo Azambuja tem um trabalho consistente, um passado sem máculas, sabe trabalhar projetos políticos, mas tem a árdua tarefa de dar consistência política ao PSDB, partido que se esfacelou com a perda de importantes lideranças e criou a imagem de coadjuvante político de um grupo desgastado. Bem avaliado pela população, peca por não ter estrutura que o sustente, embora o partido tenha obtido importante crescimento nas eleições municipais de 2012, em especial na Capital com expressiva votação do próprio Reinaldo e dos vereadores professores Rose Modesto e João Rocha. Contará com a experiência política do deputado estadual Márcio Monteiro na presidência regional do partido, o que é de grande valia, e com o peso eleitoral de Onevan de Matos, Dione Hashioka e Rinaldo Modesto.

No PMDB existe um clima de pós-revolução onde o número de culpados é maior do que a totalidade dos inocentes. O autoritarismo do governador André Puccinelli, resguardado por sua tropa de elite, em constante e surda guerra com a família Trad, tendo por complicadores políticos que se pretendem estrelas, mas alcançam apenas a qualidade de cometas e a cobrança constante dos representantes de tantas siglas partidárias que vivem apenas e tão somente por obra e graça do governador, tende a mostrar que, por mais bem avaliado o nome que represente a agremiação, Nelsinho Trad ou Simone Tebet, serão fatalmente abatidos por fogo amigo, assim como aconteceu com o insosso Edson Giroto, ele também um provável candidato.

Se Simone, um bom nome que não caiu nas graças da plateia; se Nelsinho, terá contra si a força do governador e um governo da Capital que não há como esconder que foi ruim, deixando sequelas agora mais fortemente sentidas porque expostas ao público; se Giroto, será a tentativa de André se tornar além de autoritário, milagroso.

Surpresas

Nenhuma surpresa deve surgir neste horizonte em termos de nome. Na arena estão postos os quatro mais fortes pretendentes, cada qual a seu canto. No centro da área se digladiam os diversos partidos em performances que atraiam o olhar daqueles que lhes possam dar sustentação. As tão sonhadas vagas na Assembleia são questões menores para muitos dos pequenos partidos, querem abocanhar cargos, muitos e não importa quais.

Exceto por esse Incrível Exército de Brancaleone, patético, algumas forças ressurgiram durante as eleições municipais e deverão pesar de alguma forma – e “alguma forma”, em eleições, é muito – destaca-se o PPS (ou MD) pelo excelente trabalho desenvolvido pela vereadora Luiza Ribeiro na Capital e pelas mudanças de gestão do prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novaes.

Também merecem especial atenção o PDT, liberto das sandices de Dagoberto Nogueira e com o conciliador Paulo Pedra e o articulado Felipe Orro, o PR com sua bancada sólida em termos legislativos, o PSB, que se tem o vereador Carlão em declínio, conta ainda com a força de Lauro David.

Pesquisa

A pesquisa realizada pelo jornal Liberdade/Idope foi realizada entre os dias 11 a 15 de abril, na modalidade quantitativa, com 500 eleitores do estado e tem margem de erro de 5% para mais ou para menos. Apontou na estimulada (quando os eleitores são informados dos nomes dos pré-candidatos), Delcídio do Amaral com 27%, seguido de Nelsinho Trad com 18,4%, Simone Tebet com 14,8% e Reinaldo Azambuja com 11,6. Não sabem ou não responderam totalizou 28,2%.

Na pesquisa na modalidade espontânea (quando os eleitores declaram seu voto) os mais lembrados foram: Delcídio do Amaral, 8,6%; André Puccinelli, 6,2%; Nelsinho Trad, 4,4%; Simone Tebet 2,4%; Reinaldo Azambuja, 2%; Alcides Bernal, 1,4%; Zeca do PT, 1,2%. Todos os outros nomes não alcançaram 1% e os que Não Sabem ou Não Responderam somou 70,2%, indicando total indefinição atual do eleitorado.



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