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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Para Bernal existem superiores e inferiores, nunca iguais

O prefeito de Campo Grande, Alcides Peralta Bernal, vive uma dicotomia administrativa que tende a transformar a Capital uma cidade sem comando, sem projetos de obras, sem resolução das que estão em andamento, sem atitude... uma cidade muito engraçada, sem teto, sem nada...

Para Bernal, não existem iguais. O mundo, segundo sua óptica, é formado de superiores e inferiores. Dessa forma ele busca instâncias superiores, desfilando réstias de preocupações e problemas imaginários ou não. Submete-se à condição de suplicante esquecendo, decerto, que representa toda uma parcela da população.
Todos os que o rodearam durante seus mandatos parlamentares e o rodeiam hoje, ainda que tenha crescido este núcleo, estão abaixo, em sua ótica. A estes, os impropérios verbais e a bile venenosa, mesmo que na presença de terceiros. Aceitam, submetem-se, então, merecem.

Parece que a única exceção é seu Secretário de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca, até porque desenvolve excelente trabalho à frente de sua pasta. Outros sofrem mais ou menos, conforme inclinações e humores do chefe.

De seu grupo de trabalho, não confia em ninguém, acredita que todos estão propensos a lhe trair e não devem e não podem ser notados por suas capacidades, pois isso lhes daria a visibilidade que ele, Bernal, conquistou pelo seu programa popular nas rádios e não pelo seu desempenho legislativo. Para a população a imagem das secretarias é de inépcia e ineficiência.

Todo o restante do universo humano é composto de inimigos mortais. Toda a crítica é exclusiva tentativa de golpe. A realidade são suas ações; toda a restante verdade escancarada dos erros administrativos, da ineficiência do executivo municipal, é uma ficção irradiada a partir de outras mentes.

E a população padece entre duas administrações que na sua interseção danaram-na ao inferno do desprezo. Nelson Trad Filho, perante a inexorável derrota e penalizando a sociedade buscando penalizar seu adversário, cancelou licitações e apressou outras por causas sabidas pela imaginação, mas não comprovadas; e Bernal cancelou licitações e não soube trabalhar sequer os aspectos prementes tais como a merenda escolar.

Muitos têm culpas, mas a estagnação administrativa se deve a Bernal. E pelo andar da carruagem, sem conseguir fazer os mais comuns dos trabalhos diários do executivo municipal – porque todas as coisas devem ser feitas por ele ou sob sua direta supervisão -, Campo Grande será mais e mais penalizada.

Que a Câmara Municipal não seja um mar de ética e honradez, que as empresas fornecedoras tenham se beneficiado de licitações com erros de licitude, que todas as coisas justifiquem essa fobia do diálogo, a população não merece ficar desassistida.

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