De autoria do coordenador
da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos ( PSDB-GO), a
proposta extingue dois artigos de resolução de 1999, um que impede a atuação
dos profissionais psicólogos e psicoterapeutas em tratar homossexualidade e
outro que proíbe qualquer ação coercitiva em favor de orientações, não
solicitadas pelo paciente.
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Pastor Marcos Feliciano |
Antes de virar lei, o projeto ainda terá de ser
analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e
Justiça até chegar ao plenário da Câmara. Se aprovada pelos deputados federais,
a proposta também terá de ser submetida à análise do Senado. Somente então a
matéria seguirá para sanção ou veto da Presidência da República.
A aprovação se deu um dia após as manifestações em
Brasília que levou milhares ao Congresso, pedindo, entre outras coisas, a saída
de Marco Feliciano do comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. A
multidão gritou por diversas vezes “Fora Feliciano”. O deputado é acusado de
homofobia e racismo comprovadas por suas declarações dentro e fora do Congresso.
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Pastor Marcos Feliciano |
“É lamentável que essa Casa não esteja ouvindo o
clamor que está bem aqui, batendo à nossa porta. Projetos como esse, que são
inconstitucionais, só trazem perda de tempo. E foi o que a gente viu aqui: uma
tremenda perda de tempo. É uma matéria que não vai passar na Comissão de
Constituição e Justiça. Uma bancada que quer jogar apenas para o seu
eleitorado”, avaliou Simplício, em entrevista ao final da votação.
“Eu posso apresentar um requerimento revogando a
lei da gravidade? Se é apenas para produzir efeito pirotécnico, tudo bem, vamos
jogar aberto. Muitos de nós não temos tempo para discutir coisas que sejam
ineficácia. Se não é da prerrogativa desta Casa revogar atos da OAB, do
Conselho Nacional de Medicina e do Conselho Federal de Psicologia, então,
estamos aqui brincando. Estamos aqui jogando para a plateia”, ironizou o
deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA).
Já o impulso de roubar...
A Cleptomania caracteriza-se pela
recorrência de impulsos para roubar. Não há tratamento eficaz até o
momento. Neste caso, nenhuma Comissão se manifestou em favor de
investimentos que propiciem a cura. Mas, afinal, legislar sobre isso ou outras
tantas doenças “Reais” não é de interesse ou competência do Legislativo.
Em último caso, reza a força da fé, como
pregam os evangélicos. Deus Cura! Esses líderes, que se confundem entre o
púlpito e o parlamento, parecem confiar pouco nas milagrosas curas que suas
igrejas propagam.
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