Campo Grande comemora sua emancipação e
sua alteração de rota. De cidade núcleo de uma região rural, agropastoril, para
uma plataforma econômico-social de industrialização. Não é fácil. Exige
mudanças de postura, redirecionamento social, abrir-se sem medo para as
inovações. Parece que tem se saído bem. Sem perder o aspecto bucólico, tateia
em direção ao progresso, querendo respeitar suas raízes e ensinando as atuais e
futuras gerações.
Dito dessa forma, esta terra vermelha que
o vento sopra, não conseguirá encobrir o horizonte que se descortina, mas não é
a poeira que impede seu progresso, são as pedras que se interpõem em seus
caminhos.
E as pedras são as mesmas, limosas e
teimosas em não se moverem, algumas – as piores – grandes demais para serem
movidas. Iguais em todo o lugar. Têm nome, Política Partidária; e sobrenomes,
inomináveis.
E Campo Grande caminha doente, vendo que
em cada víscera remexida, surgem os tumores das falcatruas, da corrupção, das
negociatas, do benefício de grupos, em detrimento de seu corpo social.
Basta seguir o traçar das matérias postadas neste blog, o
desfile de acusações e negativas. Tumores que matam pela fome, desabrigo,
desamparo, descaso. Fome que mata a tantos em benefício de tão poucos.
Iremos comemorar outros tantos
aniversários da Capital de todos os sul-mato-grossenses, muitos, demasiados, e
estes tumores, estas pedras em seu caminho de desenvolvimento social, não mais
existirão. Haverá outros, mas oxalá, em menor número. A cada ano, menos, enfraquecidos,
eles sim desprezados. Campo Grande caminhará então sem os entraves destas
pedras.
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