Ministro Ricardo Lewandowski. |
Agora, outro fato atribui uma provável nódoa no currículo do
ministro. Os informativos dessa semana divulgaram que o auditor Rodrigo Aranha Lacombe, do Tribunal Superior
Eleitoral denunciou que o TSE sumiu com pareceres técicos que sugeriam a
reprovação das contas do PT na época do Mensalão e da campanha da presidente
Dilma em 2010. Documentos revelam que isso ocorreu por determinação do então
presidente daquela Corte, Ricardo Lewandowski.
Mas, afinal, o
destempero que envolve os contendores, não é o primeiro e parece que não será o
último. O ministro Marco Aurélio de Mello acredita que “houve um arroubo de retórica e acho que
a essa altura o presidente deve estar arrependido. É ruim em termos de
credibilidade da instituição. (...) Nós não podemos deixar que a discussão
descambe para o campo pessoal”. Outros ministros ficaram visivelmente
constrangidos.
A discussão entre os ministros
prosseguiu, aos berros, na sala de lanches, anexa ao plenário. Quem presenciou
o bate-boca, disse que por pouco ele não descambou para a agressão. Seguranças
precisaram cerrar as portas para que os gritos não fossem ouvidos por quem
ainda estava em plenário.
O temor é que se abra um
precedente, a possibilidade de, nesta
segunda etapa, serem reduzidas as penas impostas aos réus, inclusive as do
ex-ministro José Dirceu, apontado como chefe da quadrilha.
Esta discussão, ou esta chicana que
provocou a discussão é um favor à Democracia. Dessa forma, as etapas de
julgamento prendem a atenção do público, que de outra forma acompanharia as
transmissões, informações e análises do caso de forma morna, sem lhes dar
maiores atenções. Que se mantenham as rusgas para que este momento histórico
não seja escrito por vencedores que venham a denegrir nossa mal contada
história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário