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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Documento encaminhado ao MEC pede intervenção na UFMS

Foi realizada na tarde desta quinta-feira (22), na sede do SISTA/MS – Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul – o Ato de Entrega do Pedido de Intervenção do Ministério da Educação na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Representantes da comunidade universitária e parlamentares concordaram na necessidade de investigação das ações da reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira, e do vice-reitor João Ricardo Filgueiras Tognini. A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) e demais presentes devem levar o documento ao Ministro Aluizio Mercadante e a Presidente Dilma Rousseff.

“O deputado Antônio Biffi (PT) se comprometeu agendar reunião, em caráter de urgência, na Secretaria Geral da Presidência para a entrega do documento, pois o Ministério Público Federal já tem 78 procedimentos de investigação instaurados da atual gestão por uma série de irregularidades e o Ministério da Educação não pode permanecer omisso, deve intervir e apurar os fatos para uma gestão transparente nos sistemas de saúde e educação geridos pela universidade”, explica Luiza Ribeiro.

Para Alexandre Costa, presidente do SINTSS-MS – Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social –, a reitora deveria fazer um favor a sociedade e pedir afastamento do cargo. “Este Ato reafirma nosso compromisso com a universidade e a [reitora] Célia, e demais membros da administração deveriam fazer um favor a sociedade pedindo seu afastamento porque nós não temos dúvidas do envolvimento desta gestão nos processos investigativos já instaurados”, comentou Costa. O vereador Curinga, membro da CPI da Saúde da Câmara Municipal, que investiga os desvios e outros crimes no Hospital Universitário, participou do Ato.

O documento de quase 30 páginas, lista vários procedimentos instaurados, entre eles plágio em concurso promovido pela UFMS; irregularidades em procedimentos cirúrgicos e pós-operatório realizados no Hospital Universitário; quadro deficitário de professores no curso de Ciências Contábeis da UFMS – Campus Pantanal; fraudes em pregões eletrônicos no Hospital Universitário; possíveis prejuízos da União decorrentes da aplicação inadequada de valores em projetos de pesquisa; possíveis desvios de verbas de projetos do departamento de Engenharia Elétrica; terceirização irregular de serviços pela UFMS, apontadas pela Operação Sangue Frio da Polícia Federal que deu cumprimento a 19 mandados de busca e apreensão e 4 ordens judiciais com objetivo de apurar possíveis ocorrência de crime no serviço médico de radioterapia prestado a paciente do SUS, envolvendo Hospital Universitário.

“A legitimidade do pedido de intervenção, que não significa o afastamento da reitoria, pela constituição é feito pela comunidade acadêmica e nós temos aqui garantida a assinatura dos que representam os diversos segmentos dentro da universidade”, enfatizou Luiza Ribeiro.

Parte dos inquéritos civis instaurados contra a UFMS no Ministério Público Federal, já haviam sido informados ao MEC, mesmo antes das últimas conturbadas eleições nas quais Célia Maria concorreu à reeleição. Isso não impediu que ela fosse escolhida entre os nomes que compunham a lista tríplice pela mesma presidente Dilma que deverá se posicionar após a entrega dessa documentação.


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