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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Bernal, o 'Mágico de Oz' que pode terminar sozinho

Ainda que veja fantasmas por todos os cantos, o prefeito Alcides Bernal (PP) menospreza todas as oportunidades de buscar governabilidade e pode acelerar sua caminhada rumo à cassação. Talvez a última tábua de salvação tenha sido lançada ontem, por vereadores que ainda e insistentemente trabalham por uma mínima esperança de que a Capital volte a ter uma mínima administração que lhe permita sair do marasmo.

Vereadores da base aliada e alinhada ao prefeito estiveram reunidos na noite de segunda-feira (23), na casa do líder de Bernal, Alex do PT, para uma suposta confraternização, que na realidade era uma alinhamento de conduta para analisar formas de evitar a cassação que se desenha como inevitável, se não pelos erros já cometidos, então pela falta de inteligência político-administrativa do executivo municipal.

Restava uma esperança, mas Bernal fez questão de rejeitar as possibilidades de concretizar o atual apoio, iniciar entendimentos e assegurar condições para busca de novos aliados. Sete dos vereadores conversaram com as paredes.

Bernal não tem o poder, está viciado de poder, e a cura do vício se dá pela aceitação da dependência e busca de auxílio. Se não partir dele esse “estender de mãos”, nada poderá curá-lo. Esse sentimento é claramente expresso no desalento das declarações pinçadas por entre os vereadores: “Ele não compareceu, convidamos, mas ele não veio”; “A situação é complicada, está se afogando e não procurar – ou aceita – socorro”.

O grupo entende a necessidade em se ampliar a base aliada, buscar uma maioria que permita a governabilidade. A democracia se faz pela maioria e a condições exigida para a administração pública é um equilíbrio entre situação e oposição, pendendo para um lado ou outro conforme melhores e mais viáveis sejam os projetos e o poder de convencimento dos negociadores. O prefeito se perde por não querer ser encontrado.

A vereadora Luiza Ribeiro(PPS) é assertiva quando diz que “é necessário fazer uma coalizão política para administrar, precisa da maioria, que se faz por coalizão política, repartindo o que se obteve, que é o poder político da cidade. O Executivo deve repartir, o que não significa anular função fiscalizadora ou massacrar a minoria”.

Compareceram à reunião na casa de Alex do PT, os vereadores João Rocha e Rose Modesto (PSDB), Luiza Ribeiro (PPS), Edson Shimabukuro (PTB), Gilmar da Cruz (PRB) e Waldeci Chocolate (PP). Estiveram ausentes Zeca do PT, Cazuza e Ayrton do PT, por diversos motivos e fundamentalmente por estarem desanimados desse nadar contra a corrente.

 Talvez essa tenha sido a última oportunidade para que Bernal deixasse de agir como o “poderoso Mágico de Oz”, a voz gigante de um anão por trás da cortina, temendo mostrar-se por temer expor sua suposta fraqueza. Bernal ainda não entendeu um mundo real além e  adiante da vida virtual que criou através de seu microfone.


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