Vereadores da base aliada e
alinhada ao prefeito estiveram reunidos na noite de segunda-feira (23), na casa
do líder de Bernal, Alex do PT, para uma suposta confraternização, que na
realidade era uma alinhamento de conduta para analisar formas de evitar a
cassação que se desenha como inevitável, se não pelos erros já cometidos, então
pela falta de inteligência político-administrativa do executivo municipal.
Restava uma esperança, mas Bernal
fez questão de rejeitar as possibilidades de concretizar o atual apoio, iniciar
entendimentos e assegurar condições para busca de novos aliados. Sete dos
vereadores conversaram com as paredes.
Bernal não tem o poder, está
viciado de poder, e a cura do vício se dá pela aceitação da dependência e busca
de auxílio. Se não partir dele esse “estender de mãos”, nada poderá curá-lo.
Esse sentimento é claramente expresso no desalento das declarações pinçadas por
entre os vereadores: “Ele não compareceu, convidamos, mas ele não veio”; “A
situação é complicada, está se afogando e não procurar – ou aceita – socorro”.
O grupo entende a necessidade em se
ampliar a base aliada, buscar uma maioria que permita a governabilidade. A democracia
se faz pela maioria e a condições exigida para a administração pública é um
equilíbrio entre situação e oposição, pendendo para um lado ou outro conforme
melhores e mais viáveis sejam os projetos e o poder de convencimento dos
negociadores. O prefeito se perde por não querer ser encontrado.
A vereadora Luiza Ribeiro(PPS) é assertiva quando diz que “é
necessário fazer uma coalizão política para administrar, precisa da maioria,
que se faz por coalizão política, repartindo o que se obteve, que é o poder
político da cidade. O Executivo deve repartir, o que não significa anular
função fiscalizadora ou massacrar a minoria”.
Compareceram à reunião na casa de Alex do PT, os vereadores
João Rocha e Rose Modesto (PSDB), Luiza Ribeiro (PPS), Edson Shimabukuro (PTB),
Gilmar da Cruz (PRB) e Waldeci Chocolate (PP). Estiveram ausentes Zeca do PT,
Cazuza e Ayrton do PT, por diversos motivos e fundamentalmente por estarem
desanimados desse nadar contra a corrente.
Talvez essa tenha
sido a última oportunidade para que Bernal deixasse de agir como o “poderoso
Mágico de Oz”, a voz gigante de um anão por trás da cortina, temendo mostrar-se
por temer expor sua suposta fraqueza. Bernal ainda não entendeu um mundo real
além e adiante da vida virtual que criou
através de seu microfone.
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