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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Desculpas não reanimam mortos, Dobashi

Beatriz Dobashi
A ex-secretária Municipal de Saúde de Campo Grande, entre 1998 e 2004, e ex-secretária Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, entre 2007 e 2013, Beatriz Figueiredo Dobashi, prestou depoimento nessa segunda-feira (7) à Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde (CPI da Saúde), que investiga irregularidades no setor de oncologia de Campo Grande,e  admitiu que cometeu o que ousou chamar de “equívoco” na questão dos aceleradores nucleares disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

Questionada sobre as gravações feitas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, e posteriormente divulgadas pela imprensa, nas quais Dobashi fala com Ronaldo Queiroz, ex-diretor do Hospital Regional, em “atrasar a instalação dos equipamentos de radioterapia para os hospitais públicos do Estado, ou até desassinar o contrato”, diz que usou equivocadamente o termo pois nada saiam do plano de expansão do Ministério da Saúde. E quer enganar a quem? Uma secretária estadual de Saúde, não saber o que assinou? E quantas coisas mais assinou (ou desassinou) sem saber?

Depois, diz: “Não sei por que o Hospital do Câncer ficou de fora”, como ao sabia de todas os outros convênios que assinou, e quer nos fazer acreditar que o Dr. Adalberto Siufi tentou reverter a situação, justo ele, maior beneficiado com o sucateamento daquele setor do Hospital do Câncer.

Questionada pelo vereador Alex do PT sobre o investimento feito no Hospital do Câncer – que não é público –, pelo governo do Estado, no valor de R$ 9 milhões, em detrimento do Hospital Regional, que carecia de um setor de radioterapia, Dobashi disse que as prioridades, à época, eram outras.

Segundo Beatriz Dobashi, “em dezembro de 2007 fomos informados pelo então secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que havia uma fila de espera muito grande para radioterapia e que havia uma empresa particular, a Neorad, que podia ajudar a limpar essa fila. O SUS não permite a contratação de serviços isolados de serviços de oncologia, então foi sugerido que bancássemos esse serviço com recursos próprios, pois não poderia ser feito com recursos federais. A CIB (Comissão Intergestores Bipartite) aprovou esta sugestão e o Estado repassou o recurso para o Município e o Município firmou o contrato com a Neorad. Inicialmente o contrato foi firmado em caráter emergencial, mas sempre que ficávamos sem a Neorad a fila aumentava, porque o HU ficava sem funcionar às vezes. Então decidiu-se contratar a Neorad como terceirizada por meio da Santa Casa, credenciando a Santa Casa, com desconto de 4% da tabela SUS.

Beatriz Dobashi negou ter ligações pessoais com Adalberto Siufi ou José Carlos Dorsa, acreditem os leitores.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Campo Grande.

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