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terça-feira, 8 de outubro de 2013

O jogo foi jogado mas não mudou a tabela. Bernal passa por mais uma

Até a noite de segunda-feira (7), a base aliada ao prefeito Alcides Bernal (PP) contava com doze votos fechados contra a votação da instalação da Comissão Processante que pretendia dar início ao processo de cassação de seu mandato.

Os atores jogaram o jogo, mas isso não alterou a tabela. Continuamos como antes.
A Câmara Municipal de Campo Grande fragilizada, com quatro de seus membros mantendo o mandato por liminar e o presidente da Casa salvo da cassação em recente julgamento no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS,) que anulou sentença da juíza Elisabeth Rosa Baisch, da 35ª Zona Eleitoral [veja matéria “Legislativo de braços dados com a Justiça Eleitoral”], não tem conseguido a coesão necessária para derrubar o que o povo consagrou nas urnas.

Talvez e também por isso, vem utilizando de conhecidas forças auxiliares do grupo alijado do poder, ora através do inexpressivo e barulhento presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sisem), Marcos Tabosa e ora com outros tantos que pagam os favores recebidos anteriormente e se lançam como peões nesta guerra. Desta vez, foram os cidadãos inconformados, Luiz Pedro Gomes Guimarães e Raimundo Nonato de Carvalho, apoiados de forma propagandística por parcela da mídia.

Quem ganha, quem perde

Os vereadores perderam, como vêm perdendo desde muito tempo. Fosse uma guerra e o exército do grupo que ditava as ações e administrações anteriores, comandada pelo general Mario Cesar teria matado de inanição a nação protegida. Focam todas as suas forças nas múltiplos batalhas (de onde, invariavelmente têm saído derrotados) e se esquecem de manter a nação ativa, funcionando, com projetos e debates.

Alcides Bernal perdeu pois demonstra a cada batalha a sua incapacidade de administrar o município. Sem equipe, sem projetos e sem conseguir agir politicamente com as forças de oposição. Ainda permanece no cargo graças a uma bem tramada estratégia de sua pequena e competente base, vereadores que parecem estar mais voltados para exercer as funções para as quais foram eleitos do que em desperdiçar suas capacidades tempo numa briga de comadres.

A cidade e seus cidadãos perdem com essa imobilidade administrativa, sem trabalhos e sem projetos que parecem indicar um horizonte de estagnação para a Capital.

A oposição, essa mostra sua verdadeira face, lutam para retomar o que perderam, o controle das contas, o poder de venda e, ao mostrar sua face, perdem a credibilidade, o respeito e o que lhes é mais caro, os votos.


É chegada a hora, após quase um ano de “nada”, do armistício que poderá vir a permitir algum avanço político e administrativo. Mas cada qual deverá buscar na reflexão, os caminhos que devem trilhar em benefício da população, agir como homens públicos.

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