Até
a noite de segunda-feira (7), a base aliada ao prefeito Alcides Bernal (PP)
contava com doze votos fechados contra a votação da instalação da Comissão
Processante que pretendia dar início ao processo de cassação de seu mandato.
Os
atores jogaram o jogo, mas isso não alterou a tabela. Continuamos como antes.
A
Câmara Municipal de Campo Grande fragilizada, com quatro de seus membros
mantendo o mandato por liminar e o presidente da Casa salvo da cassação em
recente julgamento no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS,)
que anulou sentença da juíza Elisabeth Rosa Baisch, da 35ª Zona Eleitoral
[veja matéria “Legislativo de braços dados
com a Justiça Eleitoral”], não tem conseguido a coesão necessária para
derrubar o que o povo consagrou nas urnas.
Talvez
e também por isso, vem utilizando de conhecidas forças auxiliares do grupo
alijado do poder, ora através do inexpressivo e barulhento presidente do
Sindicato dos Servidores Municipais (Sisem), Marcos Tabosa e ora com outros
tantos que pagam os favores recebidos anteriormente e se lançam como peões
nesta guerra. Desta vez, foram os cidadãos inconformados, Luiz Pedro Gomes
Guimarães e Raimundo Nonato de Carvalho, apoiados de forma propagandística por
parcela da mídia.
Quem ganha, quem perde
Os
vereadores perderam, como vêm perdendo desde muito tempo. Fosse uma guerra e o
exército do grupo que ditava as ações e administrações anteriores, comandada
pelo general Mario Cesar teria matado de inanição a nação protegida. Focam
todas as suas forças nas múltiplos batalhas (de onde, invariavelmente têm saído
derrotados) e se esquecem de manter a nação ativa, funcionando, com projetos e
debates.
Alcides
Bernal perdeu pois demonstra a cada batalha a sua incapacidade de administrar o
município. Sem equipe, sem projetos e sem conseguir agir politicamente com as
forças de oposição. Ainda permanece no cargo graças a uma bem tramada estratégia
de sua pequena e competente base, vereadores que parecem estar mais voltados
para exercer as funções para as quais foram eleitos do que em desperdiçar suas
capacidades tempo numa briga de comadres.
A
cidade e seus cidadãos perdem com essa imobilidade administrativa, sem
trabalhos e sem projetos que parecem indicar um horizonte de estagnação para a
Capital.
A
oposição, essa mostra sua verdadeira face, lutam para retomar o que perderam, o
controle das contas, o poder de venda e, ao mostrar sua face, perdem a
credibilidade, o respeito e o que lhes é mais caro, os votos.
É
chegada a hora, após quase um ano de “nada”, do armistício que poderá vir a
permitir algum avanço político e administrativo. Mas cada qual deverá buscar na
reflexão, os caminhos que devem trilhar em benefício da população, agir como
homens públicos.
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