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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Dilma lamenta morte de jovem e condena violência em SP


A presidente Dilma Rousseff lamentou nesta terça-feira, 29, a morte do jovem Douglas Rodrigues, no último domingo durante uma abordagem policial. No Twitter, Dilma prestou solidariedade à família e condenou o que chamou de "violência contra a periferia".

"Assim como Douglas, milhares de outros jovens negros da periferia são vítimas cotidianas da violência. A violência contra a periferia é a manifestação mais forte da desigualdade no Brasil", escreveu a presidente.

Preparar melhor as forças policiais exige investimentos, conforme explica o presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares (CNCG/PM CBM), e Comandante Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, coronel Carlos Alberto David dos Santos.  “A atividade de segurança pública é uma atividade extremamente cara, e que exige investimentos de forma permanente. Não há Estado da Federação que tenha estrutura financeira para fazer os investimentos que a segurança pública exige. Imagine Mato Grosso do Sul, que ainda está se formando. Pelo fato de nós termos fronteiras com Paraguai e Bolívia, e considerando que infelizmente o consumo e o tráfico de drogas está assolado no meio da sociedade, e que é o grande indutor, hoje, do crime, dentro de uma comunidade, é necessário que além dos investimentos feitos pelo Estado, ocorram investimentos do governo federal,” disse em entrevista ao jornalista Dirceu Martins.

Há a PEC 24/2012 de autoria do senador João Capiberibe(PSB) do Amapá, que propõe a criação do fundo. “Com o debate iremos definir o melhor formato da PEC para que ela possa atender aos nossos anseios e seja logo apresentada e aprovada pelo Congresso Nacional”, diz o senador.

Douglas morreu no último domingo atingido por um tiro dado por um policial na região do Jaçanã, zona norte de São Paulo. A morte do jovem causou revolta e protestos violentos na noite de ontem. O policial alega que o tiro foi acidental.

Resta averiguar se o tiro foi acidental – um desastre, ou caso de incidente – desentendimento ou acontecimento imprevisto. Resta verificar o quanto os policiais “desentendem” que o fato de ser negro (indígena, mulato, pardo) e pobre não são questões indicadoras de bandidagem, apenas de uma marginalidade forçada, em grande parte, pelo despreparo social que exclui e julga.

Marginal é aquele que está “à margem de” e, a partir do entendimento de que a sociedade é formada, em sua maioria e grossa concepção, por brancos de classe média, entendem que todos os que se situam abaixo desta linha são bandidos ou potenciais bandidos, e aqueles acima desta linha, ainda que marginais também, por gravitarem no entorno, são doutos e inocentes.

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