A presidente Dilma Rousseff lamentou nesta
terça-feira, 29, a morte do jovem Douglas Rodrigues, no último domingo durante
uma abordagem policial. No Twitter, Dilma prestou solidariedade à família e
condenou o que chamou de "violência contra a periferia".
"Assim como Douglas, milhares de outros jovens
negros da periferia são vítimas cotidianas da violência. A violência contra a
periferia é a manifestação mais forte da desigualdade no Brasil", escreveu
a presidente.
Preparar melhor as
forças policiais exige investimentos, conforme explica o presidente do Conselho
Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros
Militares (CNCG/PM CBM), e Comandante Geral da Polícia Militar de Mato Grosso
do Sul, coronel Carlos Alberto David dos Santos. “A
atividade de segurança pública é uma atividade extremamente cara, e que exige
investimentos de forma permanente. Não há Estado da Federação que tenha
estrutura financeira para fazer os investimentos que a segurança pública exige.
Imagine Mato Grosso do Sul, que ainda está se formando. Pelo fato de nós termos
fronteiras com Paraguai e Bolívia, e considerando que infelizmente o consumo e
o tráfico de drogas está assolado no meio da sociedade, e que é o grande
indutor, hoje, do crime, dentro de uma comunidade, é necessário que além dos
investimentos feitos pelo Estado, ocorram investimentos do governo federal,”
disse em entrevista ao jornalista Dirceu Martins.
Há a PEC
24/2012 de autoria do senador João Capiberibe(PSB) do Amapá, que propõe a
criação do fundo. “Com o debate iremos definir o melhor formato da PEC para que
ela possa atender aos nossos anseios e seja logo apresentada e aprovada pelo
Congresso Nacional”, diz o senador.
Douglas
morreu no último domingo atingido por um tiro dado por um policial na região do
Jaçanã, zona norte de São Paulo. A morte do jovem causou revolta e protestos
violentos na noite de ontem. O policial alega que o tiro foi acidental.
Resta averiguar se o tiro foi acidental –
um desastre, ou caso de incidente – desentendimento ou acontecimento
imprevisto. Resta verificar o quanto os policiais “desentendem” que o fato de
ser negro (indígena, mulato, pardo) e pobre não são questões indicadoras de
bandidagem, apenas de uma marginalidade forçada, em grande parte, pelo despreparo
social que exclui e julga.
Marginal é aquele que está “à margem de” e,
a partir do entendimento de que a sociedade é formada, em sua maioria e grossa
concepção, por brancos de classe média, entendem que todos os que se situam
abaixo desta linha são bandidos ou potenciais bandidos, e aqueles acima desta
linha, ainda que marginais também, por gravitarem no entorno, são doutos e
inocentes.
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