Que nos perdoe a noção mais pura da Democracia, mas o
alastramento de siglas partidárias no Brasil causava preocupações que iam além
da política, abrangendo já a polícia. Dissemos antes e repetimos agora que esse
contingente de partidos não representativos é um problema para quem os têm
quando das eleições e um problema maior quando eles se parasitam na oposição.
Em última análise, deveriam seus representantes estarem
sentados no banco dos réus no recente julgamento do mensalão petista, pois que
a verba necessária para obter os parcos votos e a fidelidade “ideológica”
dessas siglas, quase que obriga ao desvio de recursos que lhes sane a fome e
ganância do vil metal.
Pelas vias tortas, conseguiu-se conter o crescimento deste
câncer. A tropa da presidente Dilma Rousseff atirou em Marina Silva, mas a
árvore se manteve em pé (e até se fortaleceu), mas morreram as parasitas.
Agora, cabe ao povo dar cabo do tumor que se instalou, um
grupamento de mais de quarenta partidos políticos, que me lembra outros tempos,
mais lúdicos e puros, quando em cada grupo de ruas de cada bairro, um grupo de
crianças montava seu time de futebol entre craques, participantes e
pernas-de-pau que tinham em comum o sonho de vê-lo tornar-se um grande time, de
torcida enlouquecida a comemorar títulos da primeira divisão.
O paralelo, a comparação não é das mais infelizes porque o
viés que deveria unir este vislumbre, é oposto. O dos garotos vinha carregado
de honestidade e elevados sentimentos, já o que move estas coisas partidárias é
o mais sórdido sovinar e rapinar a Nação.
Senhores, esta última revolução que se inicia, é silenciosa.
Ela tem suas cabeças nas ruas, mas suas mentes estão nas urnas. Sem voto, sem
poder. Não bastasse ser silenciosa, é contínua e vai cobrar dos que forem
alijados de um poder temporal, que se expliquem na justiça. E mais, exigirão da
Justiça, a própria Justiça, não apenas a Lei.
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