Loading

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Reeditado - Delegacia da Mulher 24 horas morre na caneta do governador

O governador André Puccinelli (PMDB) vetou na terça-feira (8) Projeto de Lei do deputado Laerte Tetilla (PT) que dispõe sobre a Política de Amparo e Assistência a Mulher Vítima de Violência em Mato Grosso do Sul, com a argumentação de que o projeto ferem a Constituição Estadual ao instituir uma política de governo, de competência do executivo, e prorrogou indefinidamente a tolerância com a agressão contra as mulheres.

Foram dois os Projetos vetados, Os projetos tratavam da Política de Amparo e Assistência à Mulher Vítima de Violência e outro promovia a Política de Incentivo à Geração e ao Aproveitamento da Energia Solar, e foram vetados com a argumentação de que os projetos ferem a Constituição Estadual ao instituir uma política de governo, de competência do executivo.
Outro projeto vetado, que promovia a Política de Incentivo à Geração e ao Aproveitamento da Energia Solar e requeria estímulos sobre a implantação de fontes de energia ecologicamente corretas, de menor repercussão e discussão pública não afeta de forma direta e momentânea, se necessário período para reestudo da questão.
Já em relação ao projeto de Proteção à Mulher, causa decepção nos movimentos em defesa da vida e que haviam conseguido mais de dez mil assinaturas de apoio ao funcionamento 24 das Delegacias das Mulheres.
Em Mato Grosso do Sul, temos um arremedo de ações que dão suporte à Lei. Notem que em 2013, sete anos passados de sua promulgação, não temos, sequer, delegacias específicas que funcionem 24 horas, ininterruptamente. Desprotegemos as mulheres quando as agressões se fazem mais constantes; período noturno, finais de semana e feriados. Delegacias comuns não funcionam nestes casos, provou-se antes, confirma-se agora. Vamos acordar ou permanecer na eterna busca pela resposta: Para que servem as Leis?
Movimento pela retirada de veto

Segundo a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que lidera o 'Movimento Delegacias 24 horas" o veto contraria as determinações da CPMI do Senado que fez um sério levantamento sobre a violência contra a mulher no estado. “Existe uma recomendação para a instalação de quatro delegacias e todas funcionando nas 24 horas, além disso, Mato Grosso do Sul não pode abrir mão de investir em segurança pública, especialmente no que diz respeito às mulheres já que indicadores tem apontado nosso estado no topo do número de casos. Não precisamos de veto, precisamos sim e com urgência de políticas concretas e intensas de combate a violência” destacou a vereadora.

Modus operandi
Resta a esperança de que o governador André Puccinelli não altere seu modus operandi e, como em outros casos de anseio popular, tenha vetado o projeto conforme apresentado para, logo depois, apresentar projeto de mesmo teor, ai sim do executivo, e lucrar politicamente adotando-o para si.
O que menos importa para as mulheres agredidas é o nome a constar dos documentos que criem as delegacias, querem a proteção a que têm direito, querem apenas viver dignamente.


Nenhum comentário: