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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Réquiem das viúvas inconsoláveis

Com a prisão dos mensaleiros, com especial destaque para os petistas, a realidade e o cheiro da morte infecta as narinas da pseudo-esquerda brasileira. Bradam em redes sociais listas dos diversos desvios de entidades privadas ou de governantes: mensalão do PSDB de Minas Gerais, desvios em licitações do governo paulista, dívidas da Rede Globo; todos com valores superiores ao citado mensalão petista (e demais partidos compraligados). Que insânia.

Mais do que um julgamento político, foi ouvido o gemido rouco de uma população no eterno papel de figurante na história da Nação. Os mais fanáticos, os ortodoxos petistas sequer consideram as declarações do tesoureiro Delúbio Soares, dizendo de um Caixa Dois de Campanha como se legal fosse. Gritam por um injustiça que não houve, mas apenas a tomada de seu lugar à mesa pelo Poder Judiciário, até então algemado pela obediência cega e burra às leis geradas e paridas por um Congresso com votos, mas sem representação moral.

Se os ilustres petistas foram para a prisão mesmo tendo desviado recursos em menor monta que outros tantos criminosos, e se a corrupção está no DNA do brasileiro como asseveram alguns, nós os ladrões de galinha fomos vingados com a prisão dos que roubaram gados.

E os compraligados partidos ainda tramam a aposentadoria vitalícia de Genoino, com a participação ativa de Antônio Carlos Biffi do PT de Mato Grosso do Sul – pediu vistas do processo –, que alguns asseguram remar também na canoa do governador André Puccinelli.

Exceto tudo o que está errado, o que a administração federal dos últimos doze anos fez? A reforma agrária não saiu do papel porque o MST é entendido como importante massa de manobra e uma arma pronta a disparar em defesa do indefensável; produtores e indígenas podem vir a propiciar uma guerra civil sangrenta por causa da inépcia dos administradores de discursos prontos; a economia – setor do qual eles eram os mais sábios – graças a um tanto de bom senso permaneceu estável com instabilidades no decorrer do período em que colocaram meros contadores em postos onde deveriam haver economistas; a “enducação” vai em ritmo de estatísticas; a saúde sequer recebem unções e orações de morte por não ter como pagar o dízimo aos neopentecostais que infestam partidos e os tais partidos compraligados.


“Requiem aeternam” – dai-lhes o repouso eterno.

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