O texto foi rearranjado em função do atropelo das notícias.
Vereadores da Capital, cassados,
são descassados; suplentes aguardam
Quatro
horas após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MS) anunciar os vereadores que
substituiriam os cassados por compra de votos nas eleições de 2012, o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) acata liminar e concede efeito suspensivo às cassações
dos vereadores Paulo Pedra (PDT), Delei Pinheiro (PSD) e Thais Helena (PT).
Apenas Alceu Bueno (PSL) permanece com o mandato casado e dará lugar a Saci
(PRTB), os outros suplentes continuarão no aguardo de uma decisão superior.
Saci
(Francisco Luis do Nascimento) do PRTB, cria do ex-prefeito Nelsinho Trad que o
fez administrador do assoreado e erodido Parque Sóter, assume na vaga de Alceu
Bueno. Nada muda, sem projetos fica na oposição agindo conforme ditar seu
chefe. Não bastasse, corre o risco de ser, ele também, cassado, pois responde a
processo por
compra de votos, pois foram flagrados veículos com vales e adesivos seus em
posto de combustível.
Pouco
muda até que sejam julgados os recursos e até que seja definitivamente julgado
o atual presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB) que exerce o mandato e a
presidência com liminar da Justiça, cassado em primeira instância também por
compra de votos.
O que impede que as justiças
conversem entre si? Estranho que o TSE mantenha os mandatos até a sentença
final daquela corte? Obedece aos trâmites? Sim, mas fica sempre a impressão de
inoperância, enfim, de injustiça. Como explicar que alguns juízes são mais
juízes que outros num caso tão banal quanto a comprovada compra de votos? Se
era previsto que os vereadores seriam mantidos em seus cargos até julgamento
final, não era necessário esse exercício de recontagem, acionando toda a
estrutura judicial. Enfim, coisas de nossa justiça que fala tantas línguas
quanto sejam as instâncias. E a impressão de “conchavo” que já adjetiva o
legislativo, começa a se ligar perigosamente ao termo judiciário.
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