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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

2013 sem secretariado e projetos, mas com terrorismo político

Vereador Mario Cesar (PMDB) e prefeito Alcides Bernal (PP)
A prefeitura de Campo Grande apresentou durante todo o período de 2013 apenas 5 projetos, contra 33 apresentados em 2012, último ano da gestão de Nelson Trad Filho (PMDB) a frente do governo da Capital. Dados do Sistema de Gestão de Convênios (Sisconv) comprovam que perderemos recursos para as áreas de infraestrutura, educação, cultura, saúde etc. A gestão de Alcides Bernal (PP) perdeu em número de projetos para diversas outras cidades do estado, como Jaraguari e Bataguassu.

Segundo o vereador Edil Albuquerque (PMDB), que foi vice-prefeito e secretário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio (Sedesc) na gestão Nelsinho Trad, os dados são no mínimo preocupantes, pois a prefeitura não arrecada o suficiente para investir nas obras necessárias e que não pode perder as verbas destinadas pelo governo federal. Para obter estas verbas é necessário que projetos sejam apresentados e aprovados, com tempo para que sejam incluídos nos orçamentos da União.

Isso comprova a falta de competência administrativa de Bernal e a incapacidade de grande parte de seu secretariado, que parece ter sido escolhida entre aqueles que não podem, por falta de conhecimento e capacidade de trabalho, ofuscar o chefe, e aqueles com paciência suficiente para suportar seus arroubos. A falta de projetos parece não ter outro motivo que não esse.

Os trabalhos divulgados pelas redes sociais, em especial a página pessoal de Alcides Bernal no Facebook, são paliativos e prosseguimento de obras de projetos anteriores. Que os trabalhos são melhor executados pelas empreiteiras nesta atual gestão, não resta dúvida. Parece que se rompeu um ciclo de fazer mal feito para remendar depois, onerando os cofres públicos e desviando recursos de outras e novas obras.

Terrorismo

Os constantes ataques terroristas que partem da Câmara Municipal, comandados pelo seu presidente, Mario Cesar (PMDB), obedecendo ordens do mandatário do seu partido, atrapalham e afunilam as ações do executivo, além de demandar muito do tempo que poderia ser utilizado para que os projetos necessários fossem elaborados, mas não explicam o insignificante volume de projetos para uma Capital. E Campo Grande terá que sobreviver a isso.

Com a chegada do empresário e suplente de senador, Pedro Chaves, para reforçar e dar qualidade à equipe de governo, aguarda-se para 2014 novas mudanças nas secretarias e, mesmo que isso custe acordos políticos, os indicados para assumirem o cargo devem, antes de tudo, apresentarem um currículo que demonstre competência técnica.

Não advogando em nome de ninguém, mas é estranho que Odimar Luis Marcon, cujo currículo é recheado apenas de “assessorias” a Bernal, ocupe a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), e não tenha sido feito um convite para o ex-vereador e ex-candidato à prefeitura, Marcelo de Moura Bluma (PV), inclusive um dos apoiadores de Bernal para o segundo turno nas eleições. Coisas da Democracia, o regime da ditadura da maioria, mas ainda o nosso regime, que precisa ser aperfeiçoado até que se consiga algo comprovadamente melhor.

Se Bernal conscientizar-se da necessidade de coligar-se com outras forças no molde democrático de dividir encargos, se o milagre de uma mudança que o faça abandonar sintomas neuróticos permitir a convivência de forças que somem seus diferentes projetos, talvez consigamos chegar em 2016 com uma cidade possível de administração e atendendo ao anseio dos eleitores que, pelo voto, determinaram mudanças nos rumos políticos. Se não, os ataques terroristas prosseguirão até que se impeça totalmente a governabilidade ou até que coloque na cadeira do executivo o inexpressivo Gilmar Olarte, já cooptado pelas forças do governador André Puccinelli (PMDB). Então tudo retornará ao ponto de onde deveria ter saído.

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