Estudantes reagem às ameaças de Frei David, da Educafro,
de cortar bolsas se não coletarem assinaturas
para a reforma política proposta pelo PT
No dia 11 de novembro, Felipe Moura Brasil mostrou em seu blog o curioso caso da ONG Educafro (Educação e Cidadania de Afro-descendentes e Carentes), cujo diretor executivo, Frei David Santos, ameaça com multas de R$ 300, e perda da bolsa universitária parcial ou integral os estudantes negros e pobres que não coletarem assinaturas em prol da reforma política do PT.
Diante
da intimidação financeira e psicológica para fins de coletar as
assinaturas, o Felipe questiona se era isso mesmo que a presidente
Dilma e militantes do naipe de Frei David chamavam de projeto de
“iniciativa popular”. Dizia o autor: “Não terá sido coletada
assim boa parte das 8 milhões de assinaturas que Dilma alega ter
recebido em suposta petição de ‘movimentos sociais’ para
encaminhar a reforma política?”
Em
“resposta” a Educafro publicou uma nota de auto-exaltação e
ataques baratos com o subtítulo “A Revista VEJA fez uma abordagem
incompleta”, o que de fato o autor não nega e responde dando razão
a Frei David. Haviam sido dibvulgados apenas os e-mails com suas
ameaças aos estudantes. Faltavam os vídeos!
Para
completar o serviço foram separados, em dois, o material recebido de
uma bolsista inconformada, como outros vários que escreveram ao
blog. No primeiro vídeo, mais singelo, Frei David explica o
procedimento de coleta necessário para renovação do benefício,
diz que aumentou de uma para 5 folhas a quantidade exigida de cada
estudante e, prevendo as reclamações de que seria muito trabalho,
manda na lata: “toma vergonha na cara!”, (quem reage assim) “é
preguiçoso e merece cortar a bolsa!”. Assista:
Um
doce, não? Se aqueles
que criticam o comportamento bovino dos
que votam na Dilma, leva processo do PT. Se Frei David chama os
negros de preguiçosos por não trabalharem para o PT, está tudo
bem, é claro.
Uma
estudante negra pede a palavra e reage às ameaças do diretor,
perguntando como é que ela vai perder a bolsa se não está no
contrato com a Educafro a coleta das assinaturas. Sua pergunta
corajosa, decerto entalada na garganta de parte da plateia, é
seguida de aplausos e gritos de apoio que aumentam de volume conforme
os igualmente inconformados se sentem mais à vontade para endossar o
coro.
E
o que faz Frei David? Em comportamento típico de um militante
petista, assume por um momento o papel de vítima e diz que – ui!
ui! ui! – levou “duas facadas”, coitadinho: a pergunta e os
aplausos. Puro jogo de cena para então voltar suas baterias contra a
estudante negra: “Sua postura revelou que você não é nada
cidadã!”, grita ele. Para Frei David, como se vê, é prova de
falta de cidadania questionar o seu autoritarismo. E ainda pergunta:
“Alguns de vocês teve [sic] a coragem de aplaudir?”, ao que uma
estudante por trás da camêra debocha de longe: “Siiiiiiiiiiiiim!”
Em seguida, o diretor dá um tragicômico ataque histérico
anticapitalista que só vendo mesmo para acreditar:
“Estamos
aqui não para viver e vencer egoisticamente”…
É
mesmo um altruísta este Frei David: como qualquer petista, ele quer
apenas o bem daqueles que ele intimida, ameaça e cala.
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