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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Crise de labirintite no governo, alguns não sabem para aonde vão




Para aonde vai o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)? Se for para a Economia significa que haverá controle, apenas; se for para a Justiça significa que sempre houve um descontrole. E houve. Afinal, o Coaf controla o que? Bilhões foram desviados – Mensalão, Petrobras, Partidos – e nunca, nada foi rastreado.

Máxima da investigação: Acompanhe o dinheiro e vai descobrir i crime e o criminoso. Mesmo assim, embaixo das narinas dos bem remunerados assessores de coisa nenhuma, bilhões não foram descobertos. O Coaf era parte do Ministério da Economia.

Ah, mas vai furtar uma margarina do supermercado. Cadeia. Vai dar um pequeno calote na herança. Calote e Cadeia. Vai não ser amigo dos magistrados. Cadeia, exposição pública. Enquanto e no entanto, aos amigos do Rei, tudo é possível.

Advogados bem remunerados, estultos e estúpidos, com certeza serão aqueles que, no futuro julgarão a tudo e todos, dos potes de margarina aos bilhões desviados de empresas públicas, sob a égide de “notório saber jurídico” elevados a ministros de tantos e tantos tribunais que a gente sequer lembra.

O assustado presidente tomou um poder tão grande que não está digerindo a ressaca. Tem vice-presidente forte, alguns ministros também, mas…

Talvez precise aprender que o discurso para a eleição se dá por meio do discurso, mas o exercício da presidência se faz por meio do intelecto. Afinal vai comandar, ou obedecer? Vai afinar?

Cadê o Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do presidente, que se fez conhecido após o Coaf – já sob administração Moro – apontar transferências irregulares de dinheiro?

Os ataques do menininho Carlos Bolsonaro contra o vice-presidente Mourão serão apenas uma cortina de fumaça? Se a principal função do Coaf é investigar lavagem de dinheiro, corrupção e financiamento de terrorismo, alertando e permitindo prosseguimento de investigações por meio de relatórios e, se entendermos que tudo é isso é crime, cabe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública o controle sobre o Conselho.

Existe um vazio no Planalto, é clara a indecisão nas decisões tomadas por Jair Bolsonaro e, lamentavelmente, caminhamos para o descaminho. Toda uma ideia de ressurgimento das instituições ruiu por terra.  
A negociação é necessária – não honesta ou ética –, o preço a pagar desde o “quinto dos infernos” da Corte Portuguesa. Talvez tenhamos nos livrado dos “santos do pau oco” que surrupiavam diamantes e ouro, mas não nos livramos de nossa estirpe enviesada de vantagem acima de tudo, e de todos nós.


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