Para
aonde vai o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)? Se
for para a Economia significa que haverá controle, apenas; se for
para a Justiça significa que sempre houve um descontrole. E houve.
Afinal, o Coaf controla o que? Bilhões foram desviados – Mensalão,
Petrobras, Partidos – e nunca, nada foi rastreado.
Máxima
da investigação: Acompanhe o dinheiro e vai descobrir i crime e o
criminoso. Mesmo assim, embaixo das narinas dos bem remunerados
assessores de coisa nenhuma, bilhões não foram descobertos. O Coaf
era parte do Ministério da Economia.
Ah,
mas vai furtar
uma margarina do supermercado. Cadeia. Vai dar um pequeno calote na
herança. Calote e Cadeia. Vai não ser amigo dos magistrados.
Cadeia, exposição pública. Enquanto e no entanto, aos
amigos do Rei, tudo é possível.
Advogados
bem remunerados, estultos e estúpidos, com certeza serão aqueles
que, no futuro julgarão a tudo e todos, dos potes de margarina aos
bilhões desviados de empresas públicas, sob a égide de “notório
saber jurídico” elevados a ministros de tantos e tantos tribunais
que a gente sequer lembra.
O
assustado presidente tomou um poder tão grande que não está
digerindo a ressaca. Tem vice-presidente forte, alguns ministros
também, mas…
Talvez
precise aprender que o discurso para a eleição se dá por meio do
discurso, mas o exercício da presidência se faz por meio do
intelecto. Afinal vai comandar, ou obedecer? Vai afinar?
Cadê
o Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do
presidente, que se fez conhecido após o Coaf – já sob
administração Moro – apontar transferências irregulares de
dinheiro?
Os
ataques do menininho Carlos Bolsonaro contra o vice-presidente Mourão
serão apenas uma cortina de fumaça? Se a principal função do Coaf
é investigar lavagem de dinheiro, corrupção e financiamento de
terrorismo, alertando e permitindo prosseguimento de investigações
por meio de relatórios e, se entendermos que tudo é isso é crime,
cabe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública o controle
sobre o Conselho.
Existe
um vazio no Planalto, é clara a indecisão nas decisões tomadas por
Jair Bolsonaro e, lamentavelmente, caminhamos para o descaminho. Toda
uma ideia de ressurgimento das instituições ruiu por terra.
A
negociação é necessária – não honesta ou ética –, o preço
a pagar desde o “quinto dos infernos” da Corte Portuguesa. Talvez
tenhamos nos livrado dos “santos do pau oco” que surrupiavam
diamantes e ouro, mas não nos livramos de nossa estirpe enviesada de
vantagem acima de tudo, e de todos nós.
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