“Não existe pecado
Do lado de baixo do Equador
E se for magistrado
E se for magistrado
menos
ainda, sou meu protetor
As
vezes me sinto um escracho
Capacho, mas vou que vou
Capacho, mas vou que vou
Quando
é lição de esculacho
…
…
Eu
sou professor!...
Deixa
a tristeza prá lá
Vem pro meu jantar
Nem saparatel, caruru
O que se come por aqui é:
Vem pro meu jantar
Nem saparatel, caruru
O que se come por aqui é:
medalhões
de lagosta com molho de manteiga queimada, bobó de camarão, camarão
à baiana, bacalhau à Gomes de Sá, arroz de pato, pato assado com
molho de laranja, galinha d’Angola assada, vitela assada, codornas,
carré de cordeiro, medalhões de filé, tournedos de filé com molho
de mostarda, pimenta, castanha de caju com gengibre.
Vê
se me usa, me abusa
Lambuza mas não me julga porque não chego aos seus pés.”
Lambuza mas não me julga porque não chego aos seus pés.”
Quem
diria, a poesia musical de Chico Buarque de Holanda caberia tão bem
ao Supremo Tribunal Federal formado em sua maioria por pessoas de
“notório saber jurídico” indicados pelo Partido dos
Trabalhadores. Chico anda por lá onde se sabe. Caetano comemora a
Censura imposta ao Danilo Gentile, mas ainda que se saiba, nenhum
deles; Gil, Caetano, Chico e todas as suas companhias estão fazendo
shows humanitários na Venezuela. A
morte pela fome e inanição, desde que embasados numa ideologia de
esquerda, são perdas pouco consideráveis. Tudo em nome de um bem
maior.
Se
existe uma brecha, usaremos. Foi tão importante Bethânia receber
mais de R$ 1 milhão para declamar poesias, foi tão proveitoso a
apresentação do “cheira cú” (apresentação
teatral financiada pela Lei Rouanet e amplamente divulgada pela
imprensa) ,
filmes
que não saíram do projeto… E, agora, num país que está perdido
entre suas matas, seus riachos, e seu imenso litoral, nossa maior
corte de justiça, já embasbacada e ridicularizada em seus próprios
erros e arrogâncias, dá como prêmio aos seus ministros regiamente
pagos, o direito de sequer pagar seus próprios almoços, jantares,
rega-bofes.
Em
um momento em que os benefícios aos aposentados pela LOAS deve
beirar os pouco mais de R$ 450, - 45 quentinhas ao valor de R$ 15,
sustentariam um almoço a cada dia. Na atual situação dos idosos e
aposentados do país, seriam o suficiente para almoçar por um mês e
vender a dentadura para comprar, por um dia, a janta. Sopa.
Mas,
para quem tem um provento (salário) que não beira o mínimo
necessário, que necessita de auxílio moradia, auxílio toga,
auxílio saúde, auxílios… por que não lhes proporcionar uma
alimentação de acordo com suas necessidades básicas.
As
quentinhas das unidades prisionais, em licitações suspeitas, já
formam um escândalo. A fome que e alastra entre uma população de
13 milhões de desempregados, 63 milhões de inadimplentes é
epidêmica, mas nossos 11 ministros do Supremo, e não se
contabilizou todas as outras cortes, gastarão os R$
1,1 milhão, dinheiro que será bancado pelo cidadão comum pelos
seus impostos.
Os
lanchinhos serão realizados
nos salões do próprio STF. Em
tempo, almoços e jantares extra, serão pagos nos cartões
corporativos.
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