Uma pessoa cheia de
promessas: ônibus com ar-condicionado, ruas sem crateras, saúde
plena, baixos impostos. Uma pessoa cheia de vazios; uma administração
que patina na lama das enchentes.
O que temos visto e,
pior, vivido aqui nas terras pantaneiras da Capital de Mato Grosso do
Sul é a plena falta de administração. Na saúde troca maxixe por
chuchu. Alguém de plena incompetência por alguém que some de tudo
e todos. Sem sabor, sem nada, que sequer é notado. Nada foi feito,
mas o atual secretário evita a mídia, evitando, assim, a exposição,
a divulgação de uma epidemia que não está controlada, até e
muito pelo contrário, uma saúde caótica e que recai sobre
profissionais de saúde. Houvesse um tanto de vergonha, vamos nos
penitenciar e deixar a quem com capacidade tocar essa saúde. Saúde?
Plena doença. Afinal, o que é o povo, senão uma população sempre
ignorada.
Cobrado do povo que
pena e sofre na fila para uma simples hidratação venosa, com
sobrecarga do Laboratório Central de Saúde Pública – Labcen e
dos servidores de saúde nas unidades básicas de saúde e de saúde
da família, das unidades de pronto atendimento, não existe
resposta. O horário estendido chega a ser vergonhoso. Como entender
que um trabalhador que tem seu horário de saída do trabalho às 18
horas consiga chegar, com esse transporte público exemplar, dos
ônibus refrigerados, aplicativos de celular que informam horário de
passagem nos pontos de ônibus descobertos e ermos, até as 19 horas
nessas unidades? Sabe-se lá.
Por que entender que
os convênios com as forças armadas foram cancelados e pneus e apoio
de tendas para hidratação, que beneficiaram e aliviaram os leitos
das UPAs? Por que entender que o serviço de equipe móvel de
urgência, que atendia às unidades desafogando os atendimentos foram
cancelados? Como entender que o terceiro turno ficou restrito à uma
hora de expediente? Como entender como o “Posso Atender” foi
cancelado? Como entender esse governo?
Marquinhos é cria
de seu irmão, ex-prefeito, livrado da justiça pela eleição ao
cargo de senador, com bens bloqueados, com uma cidade jogada ao
descaso; com seu primo Mandetta, elevado ao cargo de ministro da
Saúde com uma ficha corrida de tão baixa e insignificante que lhe
colocou no banco dos réus pelo escândalo GISA – e a pergunta que
não quer calar é: O que ele fez como ministro até hoje? -O que é
tudo que nosso Tribunal de Justiça que a tudo e todos inocenta,
quando no âmbito federal estão envolvidos em investigações? O que
é esse nosso Velho Centro-Oeste?
Marquinhos é o pior
fruto da árvore, o menininho que não quer, ou não consegue,
crescer. Aquele garotinho que, na saúde, sei lá por que, não dá a
menor condição de trabalho para o seu pessoal, sem insumos,
medicamentos, condições mínimas de trabalho. Não contrata
médicos, extrapola o horário de trabalho, não investe. Uma criança
nas rebarbas dos irmãos. Nosso prefeito eleito em base nas
promessas, em base no que sabia – será que ele tem noção disso,
acho que não – ser impossível de cumprir.
Um executivo não
precisa saber tudo, dominar todos os assuntos, mas deve saber montar
uma equipe. Ele não soube. Talvez um bom advogado, não, melhor, um
político mequetrefe. Fez de sua grande jornada política a briga
contra a antiga Enersul, ganhou umas, perdeu várias. Com leis
estaduais ridículas como a que permitia a prorrogação dos bônus
do cartão de celular, quando, se fosse um conhecedor das leis
saberia que o que rege as comunicações é lei federal. Jogou pra
plateia.
Tudo é culpa de
tudo e de todos, menos de sua incompetência, de seu despreparo. Não
foi bom advogado, como seu irmão Fábio, não foi um enganador que
conseguiu ser eleito, apesar dos desmandos e …, como seu irmão
Nelsinho, não conseguiu dar alguma orgulho para a família como seu
pai Nelson Trad, e se compara ao fofinho da família, vereador Otávio
Trad.
Enchentes que não
têm solução – deixa como está e vê como fica, afinal a culpa é
das águas –, falta de uniformes e direcionamento pedagógico –
tudo é culpa desse sistema de licitação difícil de entender mesmo
com um ano de antecedência –, e esses mosquitos que insistem em se
proliferar e essa população que lota unidades de saúde sabendo que
não providenciamos a prevenção a tempo.
Os terrenos baldios
estão lotados de lixo, criadouros de mosquitos – culpa da
população; Falta conscientização da população em relação aos
ambientes que não proliferam mosquitos – culpa da população;
Ninguém parece querer colaborar com a prefeitura – falta de
civilidade; as unidades de saúde não contam com médicos dedicados
ainda que não lhes demos quaisquer subsídios para exercerem suas
funções - culpa desses péssimos profissionais que, ainda sem
nada, conseguem atender a população; os administrativos e
profissionais de saúde estão esgotados e estressados, culpa deles
que insistem em dormir 6 horas por dia, fazem plantões de loucos,
suportam agressões que deveriam ser direcionados para esse nada que
se transformou a Secretaria de Saúde do município, cheio de
assessores e médicos excelentes profissionais em suas áreas de
atuação, mas sem o mínimo de capacidade de gerenciamento…
Estamos no caos de uma administração que não sabe o quem nem
porque está ali.
É bonitinho, para
não dizer ordinário, chamar fichas em postos de saúde – função
maior do prefeito – posar com o dinheiro do governo federal para
remendar buracos, transformar gente em gado no transporte público e
não resolver o problema de mobilidade urbana, prometer e não
cumprir uma educação básica de qualidade e sequer cumprir com a
entrega dos kits escolares – ué, não foi ele que tanto gritou
contra em outras épocas? Ué, não foi um dos mentores do grupo que
depôs um prefeito eleito para a imposição de um meliante? Não foi
ele que fez, refez e desfez pulando de partido, acompanhando as
ordens dos irmão para, de certa forma, dominarem partidos e fazerem
conchavos, ou associações, ou grupos para eleger um senador cercado
de casos e acasos na justiça que lhe permitiu o “foro
privilegiado”?
A culpa é das
chuvas – valha-me senhor São Pedro –; dos alunos que insistem em
não ter, pela condição de vulnerabilidade, agasalhos, uniformes,
calçados, cadernos, lápis e outras coisas para sua educação;
daqueles que insistem em adoecer, porque não têm noção do que é
necessário para evitar a proliferação do danado do Aedes aegypti e
sequer são orientados para isso, porque teimam em comparecer para
uma hidratação que seria simples, mas superlotam as UPAs, com
dores, febres? A falta de limpeza em campos, em terrenos
abandonados? Descaso com as vias que causam mais acidentes por
crateras abertas que provocam os desvios com graves consequências?
Tudo é culpa de tudo. Para resolver aumenta-se os impostos, afinal
alguém, tem que pagar pelos erros e incompetência que não é culpa
do prefeito.
Marquinhos deve ser
candidato à reeleição, e pode até ser eleito, afinal a Coca-Cola,
ainda que não precise, investe em publicidade sempre. Preste ou não
preste, faça, ou não, mal à saúde, é a propaganda maciça que
vale. Assim vamos dizendo e afirmando.
Em Campo Grande a culpa é de
tudo e todos, menos do prefeito. Esse é o mote de uma Câmara
inoperante, de um líder insipiente, mas está de bom tamanho, de uma
mudança que não mudou, de vereadores que dizem amém, de uma
família que domina pela força do poder, de um povo que, dá
licença, mas cada povo tem o governo que merece.
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