A mais nova notícia bombástica do prefeito Marquinhos Mad
Trad é transformar o antigo Hotel Campo Grande em moradias sociais. Seria bom,
se não fosse péssimo.
Chega a ser ridículo. Ele pretende pagar R$ 13 milhões em
indenização para a família Coelho, o que, para um hotel falido, é um bom
negócio.
Vamos além. O total do valor dispendido será de R$ 38 milhões
para disponibilizar 260 apartamentos de 30 m², ao valor de R$ 146.153,85 por
unidade. Certo que daí se deduziriam os valores para o espaço que será ocupado
por base de atendimento da Prefeitura e base da Guarda Municipal e a coisa, ou
valor, cairiam para algo em torno de R$ 138 mil por unidade.
Assim como a atual Central de Justiça, antigo Shopping 26 de
Agosto, empreendimento mal sucedido que foi vendido pela bagatela dos mesmos R$
38 milhões pelo então prefeito Nelsinho Trad, o estranho é o fato, nunca
explicado, de todos serem amigos de festas e eventos tanto da família Trad,
quanto de outros ‘poderosos’ desse nosso Velho Centro-Oeste e manterem uma
ligação muito próxima, familiares ou de outras formas.
Nosso dinheiro vai; eles se elegem.
Ainda que com os reclamos e chororôs do ex-prefeito Nelsinho
Trad ... quando a Justiça lhe confiscou elevada verba não explicada, de que
seria impossível viver com a renda de R$ 11 mil pagas pelas prefeitura pelos
seus parcos atendimentos na rede de saúde como médico urologista concursado,
além dos rendimentos de sua clínica particular e investimentos, que segundo ele
mal dariam para alimentar sua família; ainda que os investigados –gratuitamente
– utilizassem tornozeleiras; ainda que “compromissos” – e promessas de campanha
eleitoral não fossem cumpridos. Isso é um saco de gatos.
Família Trad, tome tino, deixe de considerarem a população
tão burra.
Com o valor de R$ 38 milhões, com o custo de uma casa social
estimada em aproximadamente R$ 25 mil , seria possível construir 1.520 mil
casas. Também daria para investir o restante na restauração da antiga rodoviária
Heitor Eduardo Laburu, caso crítico de nossa Capital. Mas, ali, não existem
famílias amigas a serem beneficiadas, ainda que naquele espaço e contando com
desapropriações e o valor para a instalação de vários órgãos municipais que
gastam muito com aluguéis de imóveis, trariam benefícios vários, sairiam por
valor bem inferior e beneficiariam toda a região. Até entendo que não haja
interesse pois ali moram pessoas que não são ligadas por elos familiares ou
amizades com os senhores detentores do poder.
Quem está por trás desse empreendimento, a compra do antigo
Hotel Campo Grande, da família Coelho? Estranhamente aquele senhor envolvido em
ações judiciais e atual senador Nelsinho Trad, seu caçulinha Marquinhos Trad, e
a tradicional família Coelho conseguem um negócio pouco lucrativo para quem
pretenda morar no Centro da Capital. Será que uma família de baixa renda
conseguirá arcar com o custo deste valor?
Não fiz cálculos – e nem é essa minha função – mas é
estranho saber que o custo por metro
quadrado de um imóvel popular na região central da Capital do Velho
Centro-Oeste equivale há R$ 4.666,66. Sem
contar o valor da fachada que será pago a preço de ouro para algum dos artistas
– ainda que valham cada centavo investido – talvez amigos, também.
E o pior é que a sites e jornais da Capital e de diversos
municípios colocam essa informação como se ele houvesse inventado a roda e
estivesse beneficiando um estado, uma população. Então, somem-se a isso toda a
publicidade e teremos um tanto a mais que os R$ 38 milhões, mais a fachada paga
aos ‘artistas’ amigos para caracterizarem esse “Elefante Branco” como a grande
obra de um mísero homem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário