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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Na política, ‘conchavos’ por três anos e ‘pré-campanha’ cheia de denúncias


Pesquisas e denúncias invadem a mídia, grupos de whatsapp e outras mídias sociais em período pré-eleitoral. Isso interessa a “quens” ou quais?

De tudo isso, pesquisas, denúncias, o que é fake e o que é fato. Quando fake, apenas isso, uma mentira lançada, bem articulada, convincente. Texto de fácil assimilação que “pega” fazendo os menos informados, ou menos interessados em pesquisar as mensagens que recebem, divulgarem como uma corrente maligna que afeta nomes e reputações, seja de empresas, entidades, pessoas.

Quando fato, o texto pode ser trabalhado de forma a direcionar o leitor a conclusões errôneas. Mostra-se o tapete sem, no entanto, deixar que lhes levante a ponta para encobrir a sujeira.

Pesquisas estão desacreditadas desde há muito, especialmente as pré-eleitorais. Nem o “Não Soube” ou “Não quis” responder, que alcança índices elevadíssimos, tem a credibilidade de quem acompanha pesquisas. Infelizmente nenhum Instituto de Pesquisa está livre dessa desconfiança. Pesquisas costumam direcionar as intenções de voto de parte considerável do eleitorado. Ninguém quer “perder” seu voto em candidatos que não apresentam chances de vitória.

O tempo dos conchavos e o tempo do “cada um por si”

O período de acertos entre as diversas correntes políticas têm início logo após o resultado das eleições. São épocas de flores quando farpas e espinhos são esquecidos. Estamos todos no mesmo barco, somos prefeitos, vereadores, deputados estaduais ou federais e senadores.

As poucas rusgas e debates mais acalorados ficam naquele imenso circo para a plateia que raramente ocupa os plenários ou antessalas. As quatro paredes das diversas reuniões guardam os segredos do legislar ou executar, guardam o melhor para nós e o possível para a população. As raras exceções apenas confirmam a regra.

Farinha pouca, meu pirão primeiro

Passados os três primeiros anos, entre sorrisos e tapinhas nas costas, começa a estratégia de guerra, geralmente guerra suja. Como em toda a guerra a primeira vítima é a verdade (frase atribuída ao senador americano Hiram Johnson). A guerra não precisa ter tiros e a mentira não precisa ser completa como um diálogo inventado e divulgado como se fosse real, às vezes basta caprichar no destaque e um texto que pode ser ou não verdadeiro. Vira verdade divina e passa a provocar repercussões e explicações que, a propósito, também não são lá muito verdadeiras (Carlos Brickmann).

Testemunhas, de ambos os lados, não faltam. Desmentidos também não. “Eu não disse, ou, não foi nesse contexto” costumam encobrir tapinhas, sorrisos e afagos entre os adversários.

Quem estava junto flerta, pula a cerca literalmente, para outros braços e afagos. Os partidos que caminhavam junto por uma proposta ideológica viram nuvens. “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Você olha de novo e ela já mudou” (Magalhães Pinto).

Então, por que somos assaltados em nossas inteligências pelos políticos, seus marqueteiros, seus assessores e mídias e institutos de pesquisa que se beneficiam daquele período de bonança dos três anos?

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