Pesquisas e
denúncias invadem a mídia, grupos de whatsapp e outras mídias sociais em
período pré-eleitoral. Isso interessa a “quens” ou quais?
De tudo isso,
pesquisas, denúncias, o que é fake e o que é fato. Quando fake, apenas isso,
uma mentira lançada, bem articulada, convincente. Texto de fácil assimilação
que “pega” fazendo os menos informados, ou menos interessados em pesquisar as
mensagens que recebem, divulgarem como uma corrente maligna que afeta nomes e
reputações, seja de empresas, entidades, pessoas.
Quando fato,
o texto pode ser trabalhado de forma a direcionar o leitor a conclusões
errôneas. Mostra-se o tapete sem, no entanto, deixar que lhes levante a ponta
para encobrir a sujeira.
Pesquisas
estão desacreditadas desde há muito, especialmente as pré-eleitorais. Nem o “Não
Soube” ou “Não quis” responder, que alcança índices elevadíssimos, tem a
credibilidade de quem acompanha pesquisas. Infelizmente nenhum Instituto de
Pesquisa está livre dessa desconfiança. Pesquisas costumam direcionar as
intenções de voto de parte considerável do eleitorado. Ninguém quer “perder”
seu voto em candidatos que não apresentam chances de vitória.
O tempo dos conchavos e o tempo do “cada
um por si”
O período de
acertos entre as diversas correntes políticas têm início logo após o resultado
das eleições. São épocas de flores quando farpas e espinhos são esquecidos. Estamos
todos no mesmo barco, somos prefeitos, vereadores, deputados estaduais ou
federais e senadores.
As poucas
rusgas e debates mais acalorados ficam naquele imenso circo para a plateia que
raramente ocupa os plenários ou antessalas. As quatro paredes das diversas
reuniões guardam os segredos do legislar ou executar, guardam o melhor para nós
e o possível para a população. As raras exceções apenas confirmam a regra.
Farinha pouca, meu pirão primeiro
Passados os
três primeiros anos, entre sorrisos e tapinhas nas costas, começa a estratégia
de guerra, geralmente guerra suja. Como em toda a guerra a primeira vítima é a
verdade (frase atribuída ao senador americano Hiram
Johnson). A guerra não precisa ter tiros
e a mentira não precisa ser completa como um diálogo inventado e divulgado como
se fosse real, às vezes basta caprichar no destaque e um texto que pode ser ou
não verdadeiro. Vira verdade divina e passa a provocar repercussões e
explicações que, a propósito, também não são lá muito verdadeiras (Carlos
Brickmann).
Testemunhas,
de ambos os lados, não faltam. Desmentidos também não. “Eu não disse, ou, não
foi nesse contexto” costumam encobrir tapinhas, sorrisos e afagos entre os
adversários.
Quem
estava junto flerta, pula a cerca literalmente, para outros braços e afagos. Os
partidos que caminhavam junto por uma proposta ideológica viram nuvens. “Política é como
nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Você olha de novo e ela já mudou” (Magalhães Pinto).
Então,
por que somos assaltados em nossas inteligências pelos políticos, seus
marqueteiros, seus assessores e mídias e institutos de pesquisa que se
beneficiam daquele período de bonança dos três anos?
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