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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Assistente Social:o Lobo, o Cordeiro e o Ser Humano

Este texto foi escrito em 2008, época em que era o Assessor de Imprensa e Comunicação do Cress-MS, e tem sido utilizado nas aulas de 1º semestre do curso de Assistência Social da UFGD desde então.
Por haver sido retirado do atual site do Conselho, atendendo a pedidos, publico agora no blog. 

Somos um povo que, talvez pela miscigenação, pela convivência histórica com as acentuadas desigualdades sociais, com a multiplicidade de raças, povos e credos em vivência harmônica ou outros fatores mais subjetivos que objetivos, se doa e se auxilia mútua e constantemente. Essa é uma característica que se mostra presente nas grandes catástrofes ou nas pequenas má-sorte familiares ou pessoais. Podemos dizer que somos um povo assistencialista, devotado ao nosso semelhante, desprendido de materialismo arraigado e egoísta.
Formamos e participamos de uma sociedade “boa e saudável”. No entanto, a exceção desta sociedade salutar não nos permite fugir a regra. Pequena parcela transforma o doar-se ‘subjetivamente’ em ‘objetivo de beneficiar-se dessa doação’ para proveito próprio. Esta é a pior feição do Assistencialismo, aquela que utiliza a dor alheia em benefício próprio. Esta é a nossa maior mazela social e, constantemente confundida com Assistência Social. Este é o “Lobo em pele de Cordeiro” inconsequente e pernóstico.
O Assistente Social é um profissional que por anos se preparou para exercer a digna função de elaborar e pôr em prática políticas sociais, em outros termos poderíamos dizer que é o liame das multiplicidades citadas que permite formar uma sociedade única, progressista, harmônica.
O Assistente Social tem a placidez de sentir e analisar os contrastes, antecipando os conflitos que a constante mobilidade social cria, como se fora um Cordeiro, e a sagacidade do Lobo para agir na prevenção destes conflitos e disfunções sociais. Mas a sociedade, mais que uma fábula é uma realidade construída e constituída por humanos, e como Ser Humano dotado de profundo conhecimento teórico e a mais pura ética, atua de forma objetiva e incisiva na resolução destes conflitos.
E que não se confunda criminosos raptores, meliantes travestidos de bons samaritanos com esta classe profissional.
Não há sociedade que de forma pacífica e ordeira progrida sem que haja a presença atuante de um Assistente Social. Serviço Social é o Assistente Social quem faz. Este é o verdadeiro significado de comemorar e refletir este dia 15 de ­Maio, dedicado aos Assistentes Sociais.

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