O aprimoramento das regras eleitorais é mais que urgente,
pois estão atrasadas no que se pode considerar, pela velocidade das mudanças
que a sociedade assiste, em séculos.
Não importa aos candidatos, aos institutos, à mídia que
divulga os resultados, mas seria lógico questionar a população, em pesquisas, o
grau de conhecimento dos currículos, programas partidários e propostas de cada
candidato da majoritária. Cremos que o resultado não surpreenderia.
E o que falar da avalanche de candidatos a proporcional,
distribuídos pela infinidade de partidos. Candidatos e partidos sem
significância, sem nada.
Mas a quem, senão à Democracia (governo do povo; governo em que o povo exerce a soberania) e
por extensão aos cidadãos, interessa esta mudança que permita ao eleitor optar
por aqueles que lhe representarão verdadeiramente e com os quais tenha
afinidade de princípios.
Democracia e a
atual classe política divorciaram-se, sem chances de reconciliação.
Somos cúmplices, sim. Quando calamos em relação ao
desmoronamento da educação, que é brindada com sacolas de beneplácitos sociais.
Investir na melhoria da qualidade de ensino desde as séries iniciais,
instituindo além de salários e condições dignas aos professores, promoções meritórias,
bem como aos alunos, para que estejam preparados para ingressar no ensino
superior, todos em igualdade de condições. Preferimos as cotas, ou resolvemos
dois problemas que sequer deveriam existir quando sustentamos através do
Prouni, faculdades e universidades fadadas à falência pela baixa qualidade do
ensino.
Um povo só exerce seus direitos quando consciente destes,
e a conscientização passa por uma sociedade mais que letrada, culta. Fragilizaram
o povo endeusando aqueles que deveriam ser seus representantes.
Cabe a cada um se apresentar à luta, questionando,
desmoronando o castelo de cartas das mentiras repetidas como mantras,
descortinando o palco desta apresentação bufa, até que as regras sejam mudadas,
até que as ideias prevaleçam.
Postado como Editorial no Jornal Liberdade MS - ed. 59.
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