Aos que imaginavam céu de brigadeiro passadas as
turbulências provocadas pelas eleições, acirradíssimas na Capital de Mato
Grosso do Sul mais em função da troca de acusações e ataques desmedidos,
enganaram-se. Uma nova e mais provocante etapa de disputa por poder político
tem início, mal passada a ressaca das urnas.
Por entre os corredores da Câmara Municipal, entre as
paredes dos gabinetes, desenrola-se a disputa pelo poder da presidência da Casa
de Leis, longe, muito longe do entendimento do cidadão, mas que influi
diretamente em suas vidas, mesmo que isso não se aperceba. E não pensem que os
votos depositados nas urnas por cada um dos eleitores não tenha uma relação
direta com isso. A cada opção por um candidato, o voto tem o poder de “dar
poder” a um partido, uma coligação ou um vereador eleito.
Nesta disputa democrática, alguns nomes estão
definitivamente vetados pelos grupos que se formam e outros surgem fortes para
a presidência e demais cargos da mesa diretora. Em época de governante com
minoria na casa, aguarda-se uma disputa de quatro anos, momento em que todos
tentam obter benefícios até retomar seus pensamentos e ações para o povo, em
meados de 2016, com um breve intervalo para eleger seus padrinhos para a
Assembleia em 2014.
Haveria um modo de fiscalizar, com o comparecimento e
participação da população nas sessões da Câmara Municipal, no entanto este não
é um hábito dos brasileiros, o que vem a atender as preces dos nossos edis.
Outra eleição que vem movimentando expressiva parcela da
população sul-mato-grossense é para a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional
Mato Grosso do Sul. Quando se esperava uma disputa amena, embasada no embate de
ideias e proposições, os candidatos se digladiam por meio da mídia e da própria
justiça. Aceitam os termos preestabelecidos pela Comissão Eleitoral para, em
campanha, desconsiderá-los. E tomam como ataque pessoal a este ou aquele
candidato, qualquer matéria de caráter informativo que questione o que se
afigura como erros de administração ou postura ética.
Não, de forma alguma temos interesse pela vitória de
qualquer das chapas, mesmo porque somos jornalistas, não advogados. Nosso
interesse é bem informar, de forma isenta. Este é o nosso entendimento sobre
uma Instituição como a OAB, que representa importante papel social e indica a
parte da justiça que chega ao conhecimento dos leigos.
Em qualquer caso e em todos os casos que impliquem interesse
da população, não mediremos esforços pelo bem informar. É nossa função, e
mantermos a isenção e imparcialidade é nossa ética.
Publicado como Editorial em Jornal Liberdade MS - ed. 63 - de 04/11/2012.
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