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sábado, 3 de novembro de 2012

Em céu de brigadeiro, por um lugar acima dos 10 mil pés


Aos que imaginavam céu de brigadeiro passadas as turbulências provocadas pelas eleições, acirradíssimas na Capital de Mato Grosso do Sul mais em função da troca de acusações e ataques desmedidos, enganaram-se. Uma nova e mais provocante etapa de disputa por poder político tem início, mal passada a ressaca das urnas.

Por entre os corredores da Câmara Municipal, entre as paredes dos gabinetes, desenrola-se a disputa pelo poder da presidência da Casa de Leis, longe, muito longe do entendimento do cidadão, mas que influi diretamente em suas vidas, mesmo que isso não se aperceba. E não pensem que os votos depositados nas urnas por cada um dos eleitores não tenha uma relação direta com isso. A cada opção por um candidato, o voto tem o poder de “dar poder” a um partido, uma coligação ou um vereador eleito.

Nesta disputa democrática, alguns nomes estão definitivamente vetados pelos grupos que se formam e outros surgem fortes para a presidência e demais cargos da mesa diretora. Em época de governante com minoria na casa, aguarda-se uma disputa de quatro anos, momento em que todos tentam obter benefícios até retomar seus pensamentos e ações para o povo, em meados de 2016, com um breve intervalo para eleger seus padrinhos para a Assembleia em 2014.

Haveria um modo de fiscalizar, com o comparecimento e participação da população nas sessões da Câmara Municipal, no entanto este não é um hábito dos brasileiros, o que vem a atender as preces dos nossos edis.
Outra eleição que vem movimentando expressiva parcela da população sul-mato-grossense é para a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul. Quando se esperava uma disputa amena, embasada no embate de ideias e proposições, os candidatos se digladiam por meio da mídia e da própria justiça. Aceitam os termos preestabelecidos pela Comissão Eleitoral para, em campanha, desconsiderá-los. E tomam como ataque pessoal a este ou aquele candidato, qualquer matéria de caráter informativo que questione o que se afigura como erros de administração ou postura ética.

Não, de forma alguma temos interesse pela vitória de qualquer das chapas, mesmo porque somos jornalistas, não advogados. Nosso interesse é bem informar, de forma isenta. Este é o nosso entendimento sobre uma Instituição como a OAB, que representa importante papel social e indica a parte da justiça que chega ao conhecimento dos leigos.

Em qualquer caso e em todos os casos que impliquem interesse da população, não mediremos esforços pelo bem informar. É nossa função, e mantermos a isenção e imparcialidade é nossa ética.

Publicado como Editorial em Jornal Liberdade MS - ed. 63 - de 04/11/2012.


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