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segunda-feira, 5 de novembro de 2012


Guerra fria, guerra explícita,
diplomacia e rasteiras que envolvem bem mais do que os vinte e nove vereadores eleitos está desencadeada na Câmara Municipal de Campo Grande-MS. Aliás, desses, podemos subtrair meia dúzia de gatos pingados paraquedistas e acrescer uns tantos deputados, donos ou presidentes de partidos e personagens pardas que sustentam gabinetes. Tudo em função dos nomes que irão compor a mesa diretora em especial o almejado cargo de Presidente da Casa. O PTdoB alcançou forte crescimento e brinca em indicar o nome do ‘lego’ Flávio César. Airton Saraiva (DEM) bate forte e garante ter 10 homens e um segredo que definirão o nome do futuro presidente – descartado um dos nomes fortes, Paulo Siufi (PMDB). Zeca do PT, se conseguir um pouco de lucidez, nem irá se aventurar. Começam a despontar um Edil Albuquerque (PMDB) prejudicado pela surra dada ao governo que representou como vice-prefeito e secretário, e Mário César (PMDB), podendo sobrar um nome moderador e que atenderia ao momento de transição – troca de apoios fisiológicos – e, neste quesito vem forte o nome de Rose Modesto (PSDB), de excelente votação.


O Rei pode ser louco,
seus ministros, não. Descoberta a inviolabilidade do voto e os atalhos que desviam os apoios políticos, não foi difícil encontrar o foco de um sorvedouro que minou muito a candidatura oficial na Capital do Mato Grosso do Sul. E a descoberta que há tempos poderia ter sido descoberta no divã de psicólogos ou no consultório psiquiátrico, veio a tona na poeira que desprendeu da mesa socada pelo chefe maior que exigia explicações. E, afinal, a quem foi dado o poder de ameaçar, caiu. É o caso, o perigo de ter um cão raivoso tomando conta do seu quintal é ter, mais cedo ou mais tarde, seus amigos atacados. Já foi tarde aquele que, agora, tem tempo para meditar, mas não sabe, então que sobre tempo para se medicar.


A Desfaçatez
foi tanta, que apesar de ver minguarem seus votos em função do desvio de função da casa, os vereadores de Campo Grande-MS, num último ato de ultraje aos cidadãos, promoveram mais uma festiva e custosa sessão de homenagens. Não contentes e incapazes de “ler” os resultados da eleição, planejam aumento de salários e benesses. Já nesse caso não é desfaçatez, é agressão, é tripudiar sobre a boa fé dos campo-grandenses. Peço que não esqueçam que seus mandatos têm prazo estipulado, a função jornalística, não.


A pergunta
que não quer se calar. Por que tantos deputados assumem ares de ignorantes políticos e criticam as necessárias e democráticas composições entre aliados para a composição do novo governo municipal? E, nesse caso, falo apenas dos deputados estaduais, que parecem ainda ser comandados por rédeas curtas pelo “outro” poder, porque os vereadores aguardam que lhes lancem um sorriso para mudarem de lado. São tão democratas que desconhecem a independência dos poderes. Se conselho fosse bom... poderiam assistir ao julgamento do Mensalão e aprender um tanto.


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