Guerra fria, guerra
explícita,
diplomacia e rasteiras que envolvem bem mais do que os vinte
e nove vereadores eleitos está desencadeada na Câmara Municipal de Campo Grande-MS. Aliás, desses,
podemos subtrair meia dúzia de gatos pingados paraquedistas e acrescer uns
tantos deputados, donos ou presidentes de partidos e personagens pardas que
sustentam gabinetes. Tudo em função dos nomes que irão compor a mesa diretora
em especial o almejado cargo de Presidente da Casa. O PTdoB alcançou forte
crescimento e brinca em indicar o nome do ‘lego’ Flávio César. Airton Saraiva (DEM) bate
forte e garante ter 10 homens e um segredo que definirão o nome do futuro
presidente – descartado um dos nomes fortes, Paulo Siufi (PMDB). Zeca do PT, se
conseguir um pouco de lucidez, nem irá se aventurar. Começam a despontar um
Edil Albuquerque (PMDB) prejudicado pela surra dada ao governo que representou como vice-prefeito e secretário, e Mário César (PMDB),
podendo sobrar um nome moderador e que atenderia ao momento de transição –
troca de apoios fisiológicos – e, neste quesito vem forte o nome de Rose
Modesto (PSDB), de excelente votação.
O Rei pode ser louco,
seus ministros, não. Descoberta a inviolabilidade do voto e
os atalhos que desviam os apoios políticos, não foi difícil encontrar o foco de
um sorvedouro que minou muito a candidatura oficial na Capital do Mato Grosso do Sul. E a descoberta que há
tempos poderia ter sido descoberta no divã de psicólogos ou no consultório
psiquiátrico, veio a tona na poeira que desprendeu da mesa socada pelo chefe maior
que exigia explicações. E, afinal, a quem foi dado o poder de ameaçar, caiu. É
o caso, o perigo de ter um cão raivoso tomando conta do seu quintal é ter, mais
cedo ou mais tarde, seus amigos atacados. Já foi tarde aquele que, agora, tem
tempo para meditar, mas não sabe, então que sobre tempo para se medicar.
A Desfaçatez
foi tanta, que apesar de ver minguarem seus votos em função
do desvio de função da casa, os vereadores de Campo Grande-MS, num último ato de ultraje aos
cidadãos, promoveram mais uma festiva e custosa sessão de homenagens. Não
contentes e incapazes de “ler” os resultados da eleição, planejam aumento de
salários e benesses. Já nesse caso não é desfaçatez, é agressão, é tripudiar
sobre a boa fé dos campo-grandenses. Peço que não esqueçam que seus mandatos
têm prazo estipulado, a função jornalística, não.
A pergunta
que não quer se calar. Por que tantos deputados assumem ares
de ignorantes políticos e criticam as necessárias e democráticas composições
entre aliados para a composição do novo governo municipal? E, nesse caso, falo
apenas dos deputados estaduais, que parecem ainda ser comandados por rédeas
curtas pelo “outro” poder, porque os vereadores aguardam que lhes lancem um
sorriso para mudarem de lado. São tão democratas que desconhecem a
independência dos poderes. Se conselho fosse bom... poderiam assistir ao
julgamento do Mensalão e aprender um tanto.
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