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quinta-feira, 21 de março de 2013

Vereadores não assinam CPI do Câncer pedida por Luiza Ribeiro


Os vereadores de Campo Grande, em sua maioria, permanecem na sua toada de tanger do poder o prefeito Alcides Bernal, e pouco trabalho têm apresentado que justifique sua condição de legisladores eleitos pela população para que os representem com trabalhos voltados para o desenvolvimento social. Quando têm a oportunidade de realizar um trabalho efetivo, aguardam por instruções de seus mandatários. Prova clara e inconteste disso é a dificuldade encontrada pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS) em conseguir dez assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue os desmandos do Hospital do Câncer, cuja direção está sendo investigada pela "Operação Sangue Frio" da Polícia Federal, e foi destituída após denúncias do Ministério Público Federal de um esquema de desvio de recursos do SUS.
Vereadora Luiza Ribeiro, autora do pedido de CPI
Fundamentada no art. 33, § 3º da Lei Orgânica do Município, a vereadora Luiza Ribeiro solicitou, nesta quinta-feira (21), instauração da CPI para investigar os desvios de recursos públicos da saúde, pela direção do Hospital do Câncer Prof. Dr. Alberto Abrão e Hospital Universitário. Até o momento assinaram Zeca do PT, Chocolate e Cazuza (PP), Eduardo Romero (PTdoB) e Paulo Pedra (PDT). Os vereadores Chiquinho Teles (PSD), Alceu Bueno (PSL) e Gilmar Néri (PRB) chegaram a assinar o documento, mas retiraram seus nomes para “discutir melhor o assunto”.
A CPI pretende apurar irregularidades na aplicação dos recursos, em especial no contrato para a prestação de serviços de quimioterapia e radioterapia com a empresa Neorad (Saffar & Siufi) dos sócios Adalberto Siufi e Issamir Farias Saffar, vigente desde 2004. Este contrato, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), burlou decisão do Conselho Curador da Fundação, de 2012 que rescindiu o contrato. Todavia, em 2013, o MPE constatou que os diretores constituíram outra empresa, mantendo os mesmos serviços com o hospital. Os contratos têm o agravante de prever pagamento do valor estipulado pelo SUS, mais o acréscimo de 70% para os procedimentos.
Dr. Alberto Siufi
Outros fatos apurados durante as investigações mostraram que a Elétrica Zan, de propriedade do diretor do Hospital do Câncer, Blener Zan e seus familiares, é fornecedora exclusiva e sem licitação de materiais elétricos, e que havia recebimento de recursos por tratamento de paciente já falecido e cirurgias cobradas com valores diferentes dos efetivamente realizados.
Luiza Ribeiro também encaminhou pedido para “uso da palavra livre” no dia 26 de março, pelo representante do Conselho Curador da Fundação Carmem Prudente, mantenedora do Hospital do Câncer Prof. Dr. Alfredo Abrão, informar sobre as ilegalidades constatadas pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Federal na aplicação de recursos públicos da saúde, que culminou em procedimentos judiciais cíveis e criminais.

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