Um
grupo de seis vereadores trabalha pela criação de um bloco independente que
evite maiores desgastes às suas imagens e mandatos. Pressionados pela
polarização entre o atual prefeito Alcides Bernal (PP) e o grupo de apoio ao
ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) ou ao grupo ligado ao governador André
Puccinelli (PMDB), e sentindo o desgaste político a que estão expostos,
pretendem se colocar fora da linha de tiro das declarações e acusações, muitas
das vezes, estapafúrdias, de lado a lado.
Os
vereadores que conversam sobre a composição do bloco independente vêm de
diversos partidos: Carlão (PSB), Alceu Bueno (PSL), Dr. Jamal (PR), Paulo Siufi
(PMDB), Paulo Pedra (PDT) e Edson Shimaburo (PTB). A se confirma a presença de
todos, passariam a ser o fiel da balança nesta briga de bastidores e poderes.
Seus votos seriam fundamentais e disputados renhidamente pelos três grupos. O
motivo divulgado pelos vereadores é o de garantir a aprovação de projetos que
favoreçam a Capital.
Mesmo
que ainda não confirmado oficialmente por todos, o vereador Dr. Jamal fala
abertamente que o grupo não quer ser base de ninguém e as conversas estão bem
adiantadas e pode ser ampliado e passar a contar com os vereadores Rose Modesto
e João Rocha do PSDB e do ex-governador Zeca do PT que se declararam
independentes. Bom lembrar que isso não é garantia de voto para Bernal.
Repensando
suas atitudes, o prefeito tem sinalizado que pretende manter aberto um canal de
conversação, desde que não implique em cargos, mas que se baseie em projetos.
No entanto, seguindo os passos de André Puccinelli, acena com a criação de duas
novas secretarias, da Mulher e da Juventude.
Bernal
conta com o apoio efetivo de seis aliados: seu líder Alex do PT, Ayrton do PT,
Gilmar da Cruz (PRB), Luiza Ribeiro (PPS) e os vereadores de seu próprio
partido, PP, Cazuza e Waldecy Chocolate. Outros três, mesmo se declarando
independentes, têm votado com o prefeito: Zeca do PT e Rose Modesto e João Rocha
do PSDB.
Desdobramentos
Essa
independência municipal vai refletir de forma contundente nas composições
estaduais para as eleições de 2014. Cada integrante do grupo vai ganhar força, enquanto
se mantém essa indefinição entre o grupo do governador André Puccinelli,
enfraquecido desde as últimas eleições municipais, a eleição do presidente da
Assomasul e da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul. Fatalmente
haverá um embate entre deputados que, ainda, permanecem sob o manto da
governadoria.
Paulo
Pedra agora tem mais autonomia num PDT que se reestrutura; Carlão pode
reencontrar seu caminho no PSB que se fortaleceu com Murilo Zauith e David que
têm pretensões e descobriram o atraso que significa estar atrelado a uma
liderança alheia a legenda; Alceu Bueno ganha uma linha definida de atuação;
Edson Shimabukuro passa a ser visto como uma liderança num partido de um único
nome e sem cor partidária definida; Jamal parece ter cansado da tutela e sabe
que tem peso eleitoral e influência política conquistada durante os anos de
atuação parlamentar para traçar seus rumos rumo a uma provável candidatura a deputado
estadual; e Paulo Siufi fará o enfrentamento com os algozes que implodiram sua
pré-candidatura à prefeitura da Capital.
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