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domingo, 23 de junho de 2013

Alguma política acuada pela manifestação


Existem momentos em que alguns fatos se sobrepujam sobre todos os outros. Isto é inconteste. Porém, há aqueles que têm por hábito levar a maldita vantagem do “esperto” que se tornou epíteto desmoralizante e irreal de um povo, e tentam tirar proveito disso. Mas dessa vez a manifestação é popular, e o termo também, o buraco é mais embaixo.

Haverá aqueles que se entendem acima do bem e do mal, sem viés democrático e que consideram os manifestantes “vagabundos”? Sim. E serão reeleitos? Talvez. Porque no tempo medido pelos mais necessitados, pelos desvalidos, o que conta é a fome, a miserabilidade. E essa situação não quantifica, nem qualifica que o voto vendido é a sentença de desesperança nos quatro anos vindouros. A ele, a fome é imediata e sua revanche é poder contar, por um dia que seja, com os parcos Reais que lhes são dados. Ilusão? A condição de viver como excluído foge à lógica, passa longe da razão.

Nesta semana, a paixão democrática fez com que mais de 50 mil campo-grandenses demonstrassem de forma cabal toda a insatisfação com os rumos de uma política capenga, quadrilhesca, bandida. E a população tomou ruas, portando cartazes que estampavam as mais diversas manifestações e gritando palavras de ordem contra todo o tipo de falcatrua que fica exposta, dia a dia, como se um grupo desvinculado da sociedade pudesse ditar regras impunemente.

A última tentativa de desmoralização desta Manifestação foi a determinação de impedir que a polícia cumprisse sua mais nobre e pouco praticada função, estar nas ruas para garantir a segurança da população que, efetivamente, paga seus soldos.

Para quem desejava desmoralizar a manifestação repercutindo eventuais atos de violência, a resposta sutil estava contida nas entrelinhas dos refrãos, das músicas, do Hino Nacional entoado: “Os bandidos são vocês, nós somos um povo sofrido, lutador, ordeiro e consciente”.


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