Se Campo Grande está parada em função de uma guerra sem fim
entre legislativo e executivo, o que podemos esperar deste segundo semestre?
Mesmo os inocentes que esperavam um desfecho épico com o
pedido do impeachment do prefeito – há os que ainda acreditam e pretendem
alimentar esta mentira, por motivos políticos – agora se questionam sobre a
moralidade de uma Câmara Municipal em que quatro dos sete membros da mesa
diretora foram, estão em processo ou serão cassados.
O atual governo municipal apresenta-se incompetente? Sim,
dirão aqueles que se encaminham a constituírem a maioria, conforme demonstram
algumas pesquisas não oficiais. Bernal é centralizador e este é um dos maiores
pecados de quem queira ser administrador; não aceita críticas, um dos piores
disparates do ser humano; e compôs parte de seu secretariado com pessoas de
competência duvidosa que se curvam aos seus destemperos de humor e não agem sem
o aval do alcaide; o melhor caminho para a estagnação e caos de gestão.
E a Câmara Municipal, quantos de seus vereadores são,
efetivamente, legisladores? Podemos dizer que a maioria, afinal são pessoas
experientes. Então vamos quantificar os que não têm vínculo com as duas décadas
de governo peemedebista, não estão ou estiveram atrelados a Nelson Trad Filho
ou ao governador André Puccinelli e, por esse motivo, podem ser guiados pela
pura ética. Poucos.
Se existem erros a serem investigados nas licitações,
compras e aplicação de recursos da atual gestão pública municipal, quem tem a
necessária e ética condição moral para fazê-lo?
A nós, população, não importa os “comos”, exigimos que seja
feito. Que sejam banidos aqueles que compraram votos “e foram flagrados”, que
seja investigado todo o destino do dinheiro público, que se inicie e dê
prosseguimento à moralização política.
Nenhum comentário:
Postar um comentário