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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Curas de todos os sotaques

Médicos estrangeiros chamados para um programa de saúde que pretende levar atendimento aos mais distantes rincões do país despertou animosidades, suscitou, e mantém acesas, discussões acaloradas sobre os mais diversos aspectos. Até sobre o benefício que trará aos pobres desatendidos, que sofrem e morrem de tudo, que estão acometidos de males já há muito extirpados em países com condições econômicas e sociais semelhantes às nossas, as discussões perpassaram.

Erros foram cometidos, e muitos, pelo afogadilho de um governo que detém o poder há 11 anos, mas que necessitava apresentar uma resposta às manifestações que se expandiam, avolumavam e indicavam perda de votos. Voto é o senhor absoluto deste poder temporal e em seu nome tudo se justifica.

Agradando não a gregos e troianos, mas a cubanos e bolivarianos, nossa presidente assessorada por um ministro que pretende alçar voos mais altos pelos céus paulistas, traçou uma rota de ajuda aos hermanos, que invade e invalida nossa soberania. Coisas do PT, antigo, com ranços dos quais não consegue se desvincular.

Mas que venham os médicos, que curem os que estão abandonados, que exijam a atenção, equipamentos, medicamentos e estrutura que os diversos governos negaram, até hoje, a estas populações.

Não importa que sotaque tenham, como denominam cada um dos males que afeta ao povo, o básico e urgente é aprender uma frase em nosso idioma: “Você está curado”.

Todas as outras discussões se restringem ao universo dos saudáveis, aqueles que têm boa alimentação e cuidados médicos. Muita coisa tem que ser discutida. O projeto tem que ser aprimorado até para evitar as demissões de profissionais, como tem acontecido. Mas, a morte não espera.


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