Vereadores de Campo Grande cassados, são descassados; suplentes aguardam
Quatro
horas após o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul anunciar os
novos vereadores que substituiriam os recentemente cassados em decisão desse
mesmo tribunal, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acata liminar e concede efeito
suspensivo às cassações dos vereadores Paulo Pedra (PDT), Delei Pinheiro (PSD)
e Thais Helena (PT).
Apenas
Alceu Bueno (PSL) permanece com o mandato casado e dará lugar a Saci (PRTB), os
outros suplentes que assumiriam nesta quinta-feira, em diplomação do TER,
continuarão no aguardo de uma decisão superior.
Afinal, o
que impede que as justiças conversem entre si? É tão estranho que o TSE tenha
mantido os mandatos até a sentença final daquela corte?
Obedece
aos trâmites? Sim, mas fica sempre a impressão de inoperância, enfim, de
injustiça. Como explicar que alguns juízes são mais juízes que outros num caso
tão banal quanto a comprovada compra de votos? Se era previsto que os
vereadores seriam mantidos em seus cargos até julgamento final, não era
necessário esse exercício de recontagem, acionando toda a estrutura judicial.
Enfim,
coisas de nossa justiça que fala tantas línguas quanto sejam as instâncias. E a
impressão de “conchavo” que já adjetiva o legislativo, começa a suceder
perigosamente o termo judiciário.
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