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quarta-feira, 27 de março de 2019



Cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça...

Depois de ser  tão aviltado durante seu período de governo municipal, o ex-prefeito Alcides Bernal parece estar ressabiado em confiar nas pessoas.

Membros do Progressistas estiveram reunidos discutindo o futuro do partido e de suas candidaturas e, de certa forma, contestaram a liderança do ex-prefeito Alcides Bernal. Alguns teceram críticas, outros censuraram a forma como ele conduz o partido e sua falta de diálogo.

Ao que parece, Bernal perdeu a confiança nos políticos e nos candidatos a políticos, ainda que faça parte dos quadros legislativos desde sua primeira eleição para vereador, o presidente regional do Progressistas parece não conseguir fazer entender aos políticos imberbes as conotações da Democracia. Todos querem fazer tudo, sem a menor noção do que é a negociação democrática, do diálogo.

Tudo eu quero, nem tudo eu posso. Bernal aprendeu a duras penas atuar nesse campo, ainda que “cabeça dura” tenha pago um alto preço por suas ideologias.

Tudo é indefinido, tudo é relativo. No entanto, conseguiu eleger dois deputados estaduais, três veradores (nem todos fiéis e alguns inoperantes) e conseguiu se eleger deputado federal – ah, essa nossa justiça eleitoral.


Então...Ideologia e fisiologismo, né Waldir Gomes?

A pancada no que se supõe gratidão e ideologia por vezes destrói ossos e caráter. Os ossos se reconstituem, o caráter é mais difícil, ou impossível.

Depois de uma agressão gratuita contra o então cidadão Waldir Gomes, e de arroubos de ira por parte dele – justificada – contra todos aqueles que representavam o status quo chamando para si, Waldir, sua hombridade, reconhecida e justa, na antiga composição da Câmara da Capital, foi eleito por merecimento, por suas ações sociais. Dai para a frente parece que enveredou na mesmice inconsequente e inóspita do atual quadro legislativo.

Que seja difícil a convivência com Alcides Bernal, presidente regional de seu partido, mas a política ainda é a arte da negociação, do “conversório”, dos acordos que, necessariamente não são espúrios.

Passar a assumir a liderança de um “desgoverno”, não parece plausível. Defender o indefensável, programar e propor a mudança de partido indo contra tudo o que criticou, parece uma visão oportunista. Sei lá, conheci o vereador em outras épocas, conquistando espaço e respeito quando administrou o Centro de Convivência do Idoso Vovó Ziza, em seus embates contra parte da Câmara contra a qual vociferou, com razão. Agora, parece estranho essa postura.

Será a mosca azul do poder, sem poder algum? Líder do governo municipal irá defender com unhas e dentes os desmandos?



Afinal, quem está no comando do país?

Piada mal contada a homenagem ao Golpe Civil-Militar de 1 de abril de 1964. Mais civil do que militar que, até o que se denota passados tantos anos, os militares foram apenas usados de sua seriedade e patriotismo como estatuetas de retidão e honestidade.

“Mas aquele período não havia a violência que se experimenta hoje”.

Sim. Mas aquele período de deseducação e ruptura de legalidade, com os Magalhães Pinto, Antônio Carlos, Paulo Maluf, Carlos Lacerda, Ademar de Barros criaram a sociedade que vivemos hoje. Ulstra estava a serviço de quem? Também Fleury, Erasmo Dias, o comandante que explodiu bomba em universitários da PUC-SP, o atendado ao Rio Centro? De quem?

Parece que utilizaram de débeis mentais, “soldados armados, amados ou não ... e viver sem razão”. Dos exilados constam dois estadistas: Juscelino Kubitschek e Fernando Henrique Cardoso, dentre os cinco estadistas que o Brasil teve, antes deles: Pedro I e Pedro II e Getúlio Vargas. Quantos dos generais de plantão foram estadistas? Quem beirou foram Castelo Branco e Emílio Gastarrazu Médici, ainda que esse jornalista tenha sofrido perseguição pelos estafetas de plantão ungidos de autoridade. Para saber mais, que tal ver o grande articulista geopolítico Golbery do Couto e Silva.

Presidente, não perca sua biografia fazendo-se de bobinho, querendo ilustrar o que é atroz, escuro e triste, apenas para marcar uma posição. Não perca a oportunidade de ser, não um estadista, não lhe compete e o senhor não tem condições para isso, mas um presidente que ocupou um espaço durante uma transição imposta, por voto, pelo povo, não em sua pessoa, suas ideias – se é que tem alguma própria –, mas contra uma desgovernabilidade anterior. Tão desgovernança que foi preso, liberto por amigos, mas que numa corda bamba deverá fazer companhia ao Grande Comando Político que obedece às ordens dos carcereiros e que saúdam o Sol em preces constantes, não pelo perdão, pois falta-lhes noção dos crimes cometidos, mas pela súplica de esperança de que a justiça permaneça cega e, quiçá, surda e muda.

Afinal, quem está no comando do país?



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