Cachorro mordido de
cobra tem medo de linguiça...
Depois de ser tão
aviltado durante seu período de governo municipal, o ex-prefeito Alcides Bernal
parece estar ressabiado em confiar nas pessoas.
Membros do Progressistas estiveram reunidos discutindo o
futuro do partido e de suas candidaturas e, de certa forma, contestaram a
liderança do ex-prefeito Alcides Bernal. Alguns teceram críticas, outros
censuraram a forma como ele conduz o partido e sua falta de diálogo.
Ao que parece, Bernal perdeu a confiança nos políticos e nos
candidatos a políticos, ainda que faça parte dos quadros legislativos desde sua
primeira eleição para vereador, o presidente regional do Progressistas parece
não conseguir fazer entender aos políticos imberbes as conotações da
Democracia. Todos querem fazer tudo, sem a menor noção do que é a negociação
democrática, do diálogo.
Tudo eu quero, nem tudo eu posso. Bernal aprendeu a duras
penas atuar nesse campo, ainda que “cabeça dura” tenha pago um alto preço por
suas ideologias.
Tudo é indefinido, tudo é relativo. No entanto, conseguiu
eleger dois deputados estaduais, três veradores (nem todos fiéis e alguns
inoperantes) e conseguiu se eleger deputado federal – ah, essa nossa justiça
eleitoral.
Então...Ideologia e fisiologismo, né Waldir
Gomes?
A pancada no que se supõe gratidão e
ideologia por vezes destrói ossos e caráter. Os ossos se reconstituem, o
caráter é mais difícil, ou impossível.
Depois de uma agressão gratuita
contra o então cidadão Waldir Gomes, e de arroubos de ira por parte dele –
justificada – contra todos aqueles que representavam o status quo chamando para si, Waldir, sua hombridade, reconhecida e
justa, na antiga composição da Câmara da Capital, foi eleito por merecimento,
por suas ações sociais. Dai para a frente parece que enveredou na mesmice
inconsequente e inóspita do atual quadro legislativo.
Que seja difícil a convivência com
Alcides Bernal, presidente regional de seu partido, mas a política ainda é a
arte da negociação, do “conversório”, dos acordos que, necessariamente não são
espúrios.
Passar a assumir a liderança de um
“desgoverno”, não parece plausível. Defender o indefensável, programar e propor
a mudança de partido indo contra tudo o que criticou, parece uma visão
oportunista. Sei lá, conheci o vereador em outras épocas, conquistando espaço e
respeito quando administrou o Centro de Convivência do Idoso Vovó Ziza, em seus
embates contra parte da Câmara contra a qual vociferou, com razão. Agora,
parece estranho essa postura.
Será a mosca azul do poder, sem
poder algum? Líder do governo municipal irá defender com unhas e dentes os
desmandos?
Afinal, quem está no comando do país?
Piada mal contada a homenagem ao Golpe Civil-Militar de 1 de
abril de 1964. Mais civil do que militar que, até o que se denota passados
tantos anos, os militares foram apenas usados de sua seriedade e patriotismo
como estatuetas de retidão e honestidade.
“Mas aquele período não havia a violência que se experimenta
hoje”.
Sim. Mas aquele período de deseducação e ruptura de
legalidade, com os Magalhães Pinto, Antônio Carlos, Paulo Maluf, Carlos
Lacerda, Ademar de Barros criaram a sociedade que vivemos hoje. Ulstra estava a
serviço de quem? Também Fleury, Erasmo Dias, o comandante que explodiu bomba em
universitários da PUC-SP, o atendado ao Rio Centro? De quem?
Parece que utilizaram de débeis mentais, “soldados armados,
amados ou não ... e viver sem razão”. Dos exilados constam dois estadistas:
Juscelino Kubitschek e Fernando Henrique Cardoso, dentre os cinco estadistas
que o Brasil teve, antes deles: Pedro I e Pedro II e Getúlio Vargas. Quantos
dos generais de plantão foram estadistas? Quem beirou foram Castelo Branco e
Emílio Gastarrazu Médici, ainda que esse jornalista tenha sofrido perseguição
pelos estafetas de plantão ungidos de autoridade. Para saber mais, que tal ver
o grande articulista geopolítico Golbery do Couto e Silva.
Presidente, não perca sua biografia fazendo-se de bobinho,
querendo ilustrar o que é atroz, escuro e triste, apenas para marcar uma
posição. Não perca a oportunidade de ser, não um estadista, não lhe compete e o
senhor não tem condições para isso, mas um presidente que ocupou um espaço
durante uma transição imposta, por voto, pelo povo, não em sua pessoa, suas
ideias – se é que tem alguma própria –, mas contra uma desgovernabilidade
anterior. Tão desgovernança que foi preso, liberto por amigos, mas que numa
corda bamba deverá fazer companhia ao Grande Comando Político que obedece às
ordens dos carcereiros e que saúdam o Sol em preces constantes, não pelo
perdão, pois falta-lhes noção dos crimes cometidos, mas pela súplica de
esperança de que a justiça permaneça cega e, quiçá, surda e muda.
Afinal, quem está no comando do país?
Nenhum comentário:
Postar um comentário