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sábado, 18 de maio de 2019

Matéria de 2017 desmente intransigência de Bernal com os vereadores


O pavio aceso foi se esticando, esticando, durante pouco mais de um ano, até que a bomba explodiu nesse último mês. O PP, ou Progressistas, explodiu (ou implodiu em Campo Grande e parte do Mato Grosso do Sul). Pelo menos dois vereadores da Capital, Valdir Gomes e Darlengh Campos teceram duras críticas, ancorados e amparados pelo deputado estadual Evander Vendramini, ao ex-prefeito e presidente do diretório regional, Alcides Bernal, acusando-o de não manter diálogo com suas bases e seus representantes na Câmara Municipal e na Assembleia.

Noticiado pelo site midiamax em 14/05/2019

Desorganização

Além de Valdir Gomes, sua correligionária Dharleng Campos também pode trocar de legenda e desfalcar ainda mais o partido de Alcides Bernal.
Ambos reclamam da mesma situação, da falta de organização do partido, cuja liderança regional tem deixado de fora os parlamentares na tomada de decisões.
O que me deixou descontente com o partido não é só pelo que aconteceu agora, mas é pela desorganização. Pelas tomadas de decisões que ele [Bernal] faz sozinho, depois temos que ficar aceitando tudo que ele faz. Ele não se reúne com os parlamentares. Ele não nos escuta e não conversa. Por isso que eu penso em sair do partido”,disse Dharleng, mais cedo nesta terça-feira.”

(grifo negritado nosso)

No entanto, assim como Darlengh - de ilustre desconhecida foi elevada ao cargo de secretária do governo municipal na gestão de Bernal – Valdir Gomes que não conseguiu legenda para as eleições de 2018 – ambos mantiveram diversos contatos com o ex-prefeito, tanto para lançarem suas candidaturas, como para direcionar rumos de campanha e definir valor da verba partidária entre os postulantes. O Progressistas não tinha representação, à época, portanto com pouca verba para ser distribuída entre os candidatos.

O atual deputado estadual Evander Vendramini, antes e com muito custo eleito vereador em Corumbá, coloca o fato de fazer parte há mais tempo do PP do que Bernal. Isso é inconteste, mas não explica porque o partido sempre foi tão pequeno, aquela sigla de aluguel, até que Bernal assumisse o comando. Disputou ao governo do estado em 2014, obtendo 10.823 votos, ou 0,82% dos votos válidos, isso diz muito.

Agora, empossados, sem projetos significativos, esquecidos até pelos seus eleitores, e se submetendo ao executivo municipal e estadual ("Ninguém pode servir a dois senhores, ou odiará a um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. (Mateus 6,24) " enfatizam que Bernal não abre diálogo e toma decisões sem lhes consultar.

No entanto, não relatam os motivos que os levaram para abraçar a causa do partido e, sequer, por que antes falaram tanto com Bernal, a ponto de conseguir a indicação para concorrer aos cargos que hoje ocupam. Por não terem destaque, causam um motim partidário, talvez na esperança de conseguirem a mudança para partidos considerados mais fortes.


Esquecem, no entanto, que deixarão de ser personalidades para se tornarem números. Avaliados pelas suas ações, minguaram seus votos – que desde as últimas eleições têm sido de protesto, por mudança.

Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou, já dizia Magalhães Pinto. Isso se comprova pelas declarações de 8 de maio de 2017 – apenas há dois anos, conforme matéria publicada no “imprensainprensa.blogspot.com.br”:

Vereadora desmente boatos sobre briga de Bernal com a bancada pepista


A vereadora e ex-secretária da gestão de Alcides Bernal, Dharleng Campos emitiu na tarde de hoje (8), em sua página do facebook, Nota de Esclarecimento onde nega que tenha havido uma reunião com clima tenso, onde o ex-prefeito teria se alterado e enquadrado os três vereadores pepistas da atual legislatura da Câmara Municipal de Campo Grande.

Vários órgãos de imprensa informaram que durante a reunião com a bancada pepista Alcides Bernal teria dado um puxão de orelhas nos vereadores Cazuza, Valdir Gomes e na própria Dharleng, pois se apresentava insatisfeito com a postura pouco oposicionista destes.

Segundo as notícias, Bernal queria uma oposição sistemática, ou seja, que os vereadores reprovassem todo e qualquer proposta ou projeto do prefeito Marquinhos Trad (PSD), bem como atuassem de forma mais crítica sobre o trabalho da atual gestão.

Segundo o ex-prefeito Alcides Bernal, presidente Regional do PP, seria inconcebível que ele, tão perseguido durante sua gestão, sem que os seus críticos apresentassem motivos válidos, ou ao menos plausíveis, e que tanto prejudicou Campo Grande, exigisse essa postura dos vereadores em prejuízo da população. Ainda segundo Bernal, a oposição é necessária e benéfica à Democracia, mas deve ser feita de forma responsável.

Segue a nota publicada pela vereadora:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em atenção à sociedade e à mídia, em virtude de notícias veiculadas neste sábado (06) e domingo (07), os vereadores da bancada do PP na Câmara Municipal de Campo Grande Cazuza, Dharleng Campos e Valdir Gomes vem esclarecer que:

Em primeiro lugar, nunca cogitamos ou até mesmo pronunciamos em qualquer tempo ou circunstância a probabilidade ou vontade de sairmos do Partido Progressista (PP).

Em segundo lugar, respeitamos o Presidente do Diretório Estadual do Mato Grosso do Sul, Alcides Bernal e reforçamos que seguimos as diretrizes do partido, respeitando sempre a militância pepista, mas principalmente respeitando os anseios da nossa gente.

As orientações do partido visam o bem-estar da população e a garantia da execução de um plano de governo na prefeitura municipal de Campo Grande que coloque as pessoas em primeiro lugar, assegurando o direito as necessidades básicas, como: saúde, educação, segurança e a geração de emprego e renda.


Temos absoluta certeza de que Alcides Bernal jamais se posicionaria de forma truculenta exigindo que a bancada Progressista tivesse posicionamentos contrários ao interesse do povo, ou até mesmo faria exigências baseadas no revanchismo. E fazemos das palavras do Presidente do PP- MS as nossas “Nada resiste a força do trabalho. ” E é trabalhando que o Partido Progressista demonstrará sua verdade, força, união e coerência.”



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