Se
o ministro Mandetta está enroscado e enrolado desde quando foi um temível
secretário de saúde da Capital de Mato Grosso do Sul, porque hoje seria um bom
ministro da saúde? Bolsonaro pode ter sido eleito por voto popular, mas longe
de querer que se quebrem as instituições democráticas, precisa rever suas
indicações para alguns ministérios; um deles, Mandetta, da Saúde.
A
dupla Nelsinho Trad/Mandetta, na época prefeito e secretário de saúde de Campo
Grande, capital de Mato Grosso do Sul, até hoje estão enrolados em “suspeitas”
– termos que somos obrigados a usar – em desvios, incoerências, má gestão.
Família é família como entronizou a “Cosa Nostra” italiana.
Então,
durante sua gestão aqui na parte sul do Velho Centro-Oeste, tirante a epidemia
de Dengue, não havia medicamentos, prevenção, estrutura de atendimento para a
doença. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estavam sem profissionais da
saúde e o setor administrativo era precário. Basta pesquisar notícias da época.
Ambos, Nelsinho e Mandetta são médicos.
Contrataram
um programa Gerenciamento de Informações Integradas da Saúde (GISA), ao qual
pagaram R$ 10 milhões, sem que pouco mais de 20% desse programa fosse aplicado.
Condenados, como sempre, recorreram. E a coisa está ai. Nelsinho tem muito
Reais bloqueados por outros motivos, mas foi eleito senador e tem foro
privilegiado; Mandetta foi nomeado ministro e também tem prerrogativas.
“A Justiça bloqueou R$
16,6 milhões em bens do ex-prefeito de Campo Grande e atual senador, Nelson
Trad Filho, dos ex-secretários municipais de saúde, Luiz Henrique Mandetta e
Leandro Mazina e outras 14 pessoas devido ao investimento no Gisa,
software de gestão da saúde que nunca foi implantado em Campo Grande.”
Não
sabemos se é apenas incompetência (falta de
conhecimentos, de capacidade, de habilidade; incapacidade, inaptidão), ou
talvez outros atributos menos nobres para exercer qualquer função pública. Vai
saber.
Afinal, desde que assumiu o cargo de ministro de uma equipe,
em grande parte desastrosa, do governo Bolsonaro, a Saúde pública brasileira
vem correndo de água abaixo e fogo acima. Depois de excluir 19 medicamentos da
lista da saúde, agora se descobre – e denuncia-se – em nível nacional que
faltam medicamentos para os transplantados. Deve ser erro de logística, afinal
ninguém imaginaria que seria uma forma de superfaturar, no futuro próximo,
esses medicamentos essenciais para manter vidas, com laboratórios estrangeiros.
Não, nunca.
O Ministério da Saúde rompeu, nas últimas
semanas, contratos firmados com laboratórios de produção de medicamentos. Estes
eram distribuídos gratuitamente para a população. No total, 19 remédios
deixarão de ser entregues pelo Sistema Único de Saúde (SUS), deixando mais de
30 milhões de pacientes sem esses tratamentos.
Os medicamentos são fabricados pelos
laboratórios BioManguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Fu.
Esses laboratórios produzem os medicamentos como parte de uma parceria com o
ministério e fornecem os fármacos a preços 30% menores do que os do mercado.
Associações que representam os laboratórios públicos falam em perda anual de,
pelo menos, R$ 1 bilhão para o setor e risco de desabastecimento para a população
brasileira.
Seria inumano (desprovido dos sentimentos de
respeito, consideração; desumano, cruel, com ignorância de tais sentimentos) pensar que se joga
tanto com a vida. Mais ainda que se faça uma tortura com aqueles que ficaram
anos em filas de transplante, conseguiram vencer uma burocracia e que
receberam, enfim um órgão, com gastos elevados ao sistema de saúde, serem
relegados a uma morte lenta e anunciada pela incompetência de um gestor
incompetente em termos municipais, elevado ao cargo de “ministro” pelo fato de
ser do partido (DEM) que se vendeu e se vende a qualquer governo que exista.
Nem é questão de economia, pois seria burro
gastar tanto em transporte de órgãos, cirurgia, sem contar com a parte
administrativa que gerencia os órgãos dos doadores e receptores, para depois
jogar tudo no lixo por falta de medicamento. Ou é burrice e incompetência pura
e simples, ou tem algo mais que é adquirir esses medicamentos de empresas
estrangeiras por um preço superior. Enquanto isso, que morram umas tantas
centenas, ou milhares de pacientes.
Alguém, em sã consciência, pode
explicar isso. Com a palavra o presidente que o nomeou.
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