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segunda-feira, 29 de julho de 2019

E as promessas de campanha sobre austeridade, ficaram aonde?

Foto: Wagner Guimarães

Por unanimidade a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovou, em 18 de julho, em regime de urgência, o reajuste de 16,38 nos proventos do governador, vice e secretários de estado, embasado no “efeito cascata” da correção dada aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O governador Reinaldo Azambuja enfatizou que doará metade do salário para instituições filantrópicas, mas não impediu, ou usou de sua força política para impedir o aumento.

No pacote, chamado pelos servidores públicos de “Pacote de Maldades” eleva também a remuneração dos desembargadores e dos deputados estaduais, que ficam vinculados dos deputados federais, caso esse seja aprovado em Brasília.

Realizadas no mesmo dia, uma sessão normal e duas extraordinárias, apresentada em regime de urgência pela mesa diretora e antes que fosse batido o martelo do recesso, os deputados, que não se preocuparam em discutir o reajuste dos outros servidores, que entendem que o estado está quebrado para dar o justo reajuste as forças de segurança, professores, profissionais da saúde e outros.

Aquelas promessas de campanha, encampadas pelos deputados, de austeridade, ficaram perdidos nos descaminhos de uma política de trocas e favores. Projetos e propostas significativas, nada. Apenas um circo apresentado no plenário para o público, com propostas que, ou nada significam, ou não serão aprovadas pela Comissão de Constituição e Justiça por serem inconstitucionais ou sem embasamento, mas que são tramadas, em desfavor da população, nos gabinetes e salas de reunião.

O deputado Rinaldo Modesto consegue convencer seus pares de que o estado está falido para reajustes dos servidores de ponta que atendem à população do estado, mas não consegue explicar qual a necessidade de tantos convocados no legislativo e executivo e tanto desprezo pelo trabalho exercido pelos concursados e tanta falta de servidores efetivos. Afinal, como servir a dois senhores, ao poder de fato, ou à população que acreditou nas propostas (promessas infundadas) desses senhores?


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