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quarta-feira, 17 de julho de 2019

PDT é um partido com único dono que não permite lideranças



Poderia ter uma bancada consistente, no entanto as lideranças que despontam são esmagadas pela vaidade de um líder que não lidera, mas costura acordos nos quais o partido fica sempre fragilizado e, ele mesmo, tem alguma projeção política. Esse é o PDT de Mato Grosso do Sul, seu chefe, o deputado federal Dagoberto Nogueira.

O PDT que nasceu grande, sob o comando de Leonel Brizola, foi se arrastando nacionalmente e afundando aqui no estado. Teve na figura de João Leite Schimidt o grande timoneiro que, derrotado em sua campanha política para o Senado em 2006, passou a ser o grande mentor dos candidatos do partido, chegando a assumir a presidência regional. Talvez até para evitar desgastes, discutindo com surdos, deixou o cargo para coordenar a campanha ao governo do estado do juiz Odilon de Oliveira, que tinha um bom nome e nenhuma experiência política. Levou o candidato ao segundo turno nas eleições de 2018, até que foi demitido pelo candidato – com um dedo de um certo senhor do partido – sendo substituído pelo filho do candidato, Odilon Júnior, que não elegeu seu pai e nem a si mesmo para o cargo de deputado federal.

Agora, órfão de um conselheiro experiente e bem articulado, e aprendendo aos poucos o que é pertencer a um partido que tem dono e não tem lideranças, sai em busca de outras siglas partidárias. Vai com ele, quando houver a janela partidária que permite a mudança de partido sem a perda de cargo, vai com ele o filho, vereador por Campo Grande, Odilon Júnior.

Então o PDT perde também na Câmara da Capital e ficará apenas com Ademir Santana e deverá sentir a força de um nome nacional que se tornará uma nova liderança política no estado, seja como candidato a prefeito de Dourados, segunda maior cidade do Mato Grosso do Sul, ou Três Lagoas, importante polo econômico e político.

O partido, em Mato Grosso do Sul está caminhando para se tornar a sigla que tem apenas um representante de alguma importância nominal. Resta saber se haverá candidatos de peso para buscar a prefeitura da Capital, das maiores cidades do estado, ou alguma outra posição política. Também fica a dúvida de para qual lado tenderá o apoio do governador Reinaldo Azambuja, para um partido que se esvazia ou para lideranças que afloram?


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