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domingo, 25 de agosto de 2019

O que será deste assassinato do Jardim Monumento? Que Leis são essas que protegem homicidas?


Adelson Oliveira dos Santos, 39 anos, pelas informações colhidas, foi morto por reclamar há mais de 20 dias, do entulho descarregado na frente da casa pelo seu vizinho, Rael. O assassino promoveu uma fuga grotesca, saindo pelo telhado da casa – se era proprietário do imóvel, por que não fugiu pela porta da frente? Dizem que para evitar uma identificação.
Não há como entender o caso. Nunca houve amizade, sequer inimizade. Ambos moram sozinhos em suas respectivas casas (no caso de Adelson, morava, pois é passado.).

A paciência se esgotou quando Rael não se importou em colocar entulho na calçada de Adelson. A questão é saber se a vítima foi atraída para uma conversa com o suspeito. Será? Esse tipo de assassinato não pode ser previsto pelas polícias, pode ser investigado e levado a julgamento.

O que importa no caso é a banalização da morte. E a inoperância de nosso sistema judiciário. O suposto agressor e assassino se apresenta após 24 horas e vai a julgamento em liberdade. Fica liberto por anos até o julgamento. Justiça tardia nada mais é do que Justiça institucionalizada.

Adelson morreu, será que havia essa necessidade? Rael está e ficará livre até o julgamento pelos descaminhos da lei (assim, em minúsculas).

Rael fugiu pelo telhado de sua própria casa e, se constituído um bom advogado de defesa, vai questionar as testemunhas sobre a veracidade e identificação de um homicida, afinal eram noite, não havia questões maiores – exceto o entulho. Um morre, o outro fica livre.

A Justiça e os deputados federais

Parece que há um negro manto que cobre a criminalidade. Para se protegerem de seus próprios crimes, deputados criam “leis de impunidade” que, para acobertarem seus próprios crimes, criam saídas jurídicas que tornam nosso país, nossos estados, nossas cidades e nossos bairros impunes aos crimes. Pena máxima no Brasil; 30 anos. Homicidas e outros cumprem 1/6 da pena e estão libertos; ministros da corte de justiça não podem ser investigados, agora sequer filhos de presidentes e seus assessores podem.

Casas são cercadas de grades, cidadãos não têm emprego ou renda para comprarem celulares que lhes permita se comunicar; prisões têm profusão de celulares... algo está errado nessa nossa justiça, que obriga seus membros a julgarem de acordo com os rigores da Lei, feita pelos diversos elementos que elegemos e exercem sua condição de representantes da lei para sua própria proteção. As exceções justificam as regras.

A morte de Adelson

Certamente a polícia vai cumprir seu papel. Certamente investigadores irão olhar nos olhos do suspeito – e ainda é e sempre será suspeito – com a determinação de colocar um “provável” homicida na prisão, mas a Justiça haverá de julgar pelos rigores da Lei, inocentando por falta de provas naquele discorrer do advogado. Nós estamos encarcerados, nós estamos à mercê de que, ainda que comprovado culpado, esteja em liberdade após poucos anos de detenção.

Adelson não será justiçado. Será apenas uma memória e Rael, seu provável assassino, mas um sem peso na consciência que por um motivo fútil, banal, ridículo, tirou a vida de um homem.

Consciência é subjetivo, não tem peso, então nada a pesar, não tem nada a culpabilizar. E viva nosso Brasil, viva nossas leis, pequeninas, injustiças dentro de uma justiça que protege a todos, menos aos cidadãos de bem.


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